Deputados votam lei que favorece Aracruz Celulose no estado
Urgente: Deputados estaduais pretendem votar na próxima 3ª. feira (dia 12/06) o Projeto de Lei que facilita o plantio predatório de eucalipto no estado do Rio de Janeiro
Convocamos novamente todos os Movimentos Sociais e ativistas a comparecerem nesta 3ª feira (Dia 12/06), as 15 H, no Plenário da ALERJ quando estará em pauta o PL No. 383/2007, de autoria do Governador Sérgio Cabral (PMDB). O projeto libera o plantio predatório de monoculturas no Estado do Rio de Janeiro, beneficiando a monocultura de eucaliptos que, como sabemos, reduz significativamente postos de trabalho no campo e ainda promove o ressecamento do solo, bem como a precarização das condições de trabalho, inclusive com a mutilação de trabalhadores. Trata-se de uma grave ameaça ao meio-ambiente e a sobrevivência de pequenos agricultores, transformando, ao longo dos anos, as áreas plantadas em desertos verdes, em função das características predatórias do plantio do eucalipto em larga escala.
A geração de emprego pelo eucalipto está bem aquém daquela prometida pelas grandes empresas de celulose gerando um emprego para cada 183 hectares e ao custo de R$ 1.200.000,00 de investimento. Enquanto na Reforma Agrária, os lotes médios no Estado do Rio de Janeiro têm cerca de 10 hectares para o sustento de uma família a um custo médio, incluindo investimentos governamentais, inferior a R$ 60.000,00. A presença de um pólo de celulose significa um freio nos projetos de reforma agrária ecológica e na produção de alimentos, já que o agronegócio da celulose ocupará terras destinadas a esse fim, desta forma aumentando a concentração fundiária (latifúndio), o êxodo rural e a pobreza no campo.
Apoiamos outras alternativas de Políticas Públicas sustentáveis, geradoras de empregos para o campo fluminense e orientadas para a produção de alimentos para abastecer o mercado interno. Entendemos como alternativas a agroecologia, fruticultura, seringueiras, recuperação das áreas degradadas e das matas ciliares, apoio à agricultura familiar e à reforma agrária ecológica, sem a utilização de agrotóxicos. Exigimos o Zoneamento Ecológico-Econômico e não monoculturas, agrotóxicos e latifúndio.
Ajude a Rede Alerta Verde Contra o Deserto Verde a mobilizar enviando este e-mail para suas listas e comparecendo à Alerj na próxima 3a. feira, dia 12/06.
Saiba mais:
RJ – Rede alerta deputados sobre os danos da monocultura do eucalipto
Leia também a reportagem do OQ sobre o impacto da Aracruz Celulose no Espírito Santo:
ES – Aracruz Celulose: sucesso empresarial e desastre ambiental