Apoios à comunidade da Ilha da Marambaia
Em respostas às reportagens do Globo nos dias 20, 21 e 22, diversas pessoas se manifestaram em defesa dos quilombolas da Ilha da Marambaia.
As duas manifestações a seguir fora publicadas na seção de cartas do jornal O Globo, no dia 23 de maio. Veja mais declarações de apoio à comunidade da Ilha da Marambaia no site de KOINONIA.
Clique a seguir e leia alguns desses depoimentos:
http://www.koinonia.org.br/detalhes_noticias.asp?id_noticia=938
Manifestações a favor da comunidade quilombola da Ilha da Marambaia
“Marinha ameaça deixar o local” – ameaça a quem? Talvez seja a solução para a preservação de um dos últimos paraísos ecológicos. É prática do adestramento militar na ilha lançar tiros de canhão de navio nas pedras costeiras (criatórios de pescado), amarrar e detonar bombas em árvores, causando incêndios na Mata Atlântica, e usar tranques de guerra passando por cima de minúsculas espécies. E lá se vão pássaros, borboletas, roedores. Há um patrimônio ambiental, histórico e arqueológico a ser preservado e os nativos são os principais preservadores. Desconfio que “o paraíso ecológico” está na mira de especuladores.
Maria Silveira, Ubá (MG).
Publicado no O Globo em 23 de maio.
Conheço a precária situação de vida dos quilombolas, e considero que o medo de não ter alternativa a não ser morar numa favela no continente seja uma das motivações que os mantêm vivendo em condições subumanas como seus antepassados. A matéria informa sobre restrições legais a novas construções e grandes ampliações. Que restrições seriam? Por que, então, “uma casinha lá na Marambaia” tem paredes de pau-a-pique, chão de terra batida, telhados precários e péssimas condições de captação e escoamento de água? A ilha é um paraíso ecológico e os quilombolas têm orgulho disso. O que me faz pensar que sejam os principais interessados em defendê-la da ocupação desordenada, da especulação imobiliária e da depredação do meio-ambiente.
Lúcia Helena Maria de Almeida, Cabo Frio (RJ).
Publicado no O Globo em 23 de maio.