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Quilombolas do estado se mobilizam para organizar movimento

Quilombolas do estado de mato grosso dão um importante passo para a organização do movimento

No dia 4 de abril 2007, durante o I ENCONTRO DE SEGURANÇA ALIMENTAR QUILOMBOLA/MT, realizado na cidade de Barra do Bugres/MT, com a presença representantes da Fundação Cultural Palmares, do CEDN/MT – Conselho Estadual dos Direitos do Negro do Estado de Mato Grosso e de entidades do Movimento Negro Matogrossense, a maioria dos 120 representantes de comunidades negras rurais quilombolas do Estado de Mato Grosso, decidiram criar uma Comissão visando iniciar ações para a formação da Coordenação Estadual das Comunidades Negras Rurais Quilombolas do Estado de Mato Grosso. Essa Comissão formada por representantes dos quilombos dos municípios de Nossa Senhora do Livramento, Vila Bela da Santíssima Trindade, Poconé, Acorizal e, Barra do Bugres, com o apoio e a participação do CEDN/MT, deverá nos próximos três meses realizar reuniões regionais e estadual e outras ações destinadas a formação da Coordenação Estadual dos Quilombolas do Estado de Mato Grosso e a eleição de membros desta Coordenação.

De acordo com diversos depoimentos dados por quilombolas presentes nesse encontro, a formação da Coordenação dos Quilombolas de Mato Grosso além de ser necessária e urgente, é um importante passo para a organização e avanço das lutas e reivindicações das comunidades negras rurais matogrossenses, pois apesar de existirem em torno de 90 comunidades quilombolas no Estado, não existe nenhuma pessoa eleita democraticamente pelas mesmas, para poder falar em nome das comunidades quilombolas, bem como atuar em representações nacionais ou estaduais. O resultado dessa situação é a ausência de interlocutores dos quilombolas de Mato Grosso, junto ao Governo Estadual e Federal, dificultando as ações destes órgãos governamentais, a visibilidade das comunidades negras rurais, o empoderamento de suas lideranças e o cumprimento dos direitos fundiários, econômicos, sociais e culturais dos quilombolas previstos pela Legislação Federal e Estadual.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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