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II Encontro quilombola

Quilombolas se reúnem em encontro na próxima sexta-feira

Das 401 comunidades quilombolas existentes no estado de Minas Gerais, apenas uma tem a titulação de seu território. O reconhecimento legal de suas terras é um dos temas a ser discutido durante o II Encontro Estadual das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais, que se realizará em São João da Ponte, nos próximos dias 30, 31 de março e 1º de abril.

O encontro contará com a participação de 300 lideranças quilombolas que estarão dispostas a expor todas as suas demandas e encaminha-las para os órgãos competentes. Um dos representantes oficiais do governo no evento será Aderval Costa, coordenador do Ministério do Desenvolvimento Econômico e Combate à Fome.De acordo com Mariana Figueiredo, pesquisadora do projeto Quilombos Gerais, é imprescindível que aconteça o diálogo entre as comunidades e as esferas governamentais, uma vez que o objetivo do evento é fazer com que as comunidades tenham máxima participação no que diz respeito à elaboração e efetivação de políticas públicas.

Até o momento, no entanto, a insatisfação das comunidades é grande. Com apenas uma delas regularmente titulada (a comunidade Porto Coris), elas querem agilizar o processo de reconhecimento legal de suas terras. Minas Gerais é o segundo estado com mais comunidades quilombolas no país, no entanto, só uma foi titulada até o momento. Em São Paulo existem 30 e todas elas já foram tituladas. É preciso agilizar mais o processo, afirma Mariana. De forma geral, a reunião dos quilombolas em Minas Gerais será um bom momento para a troca de informações, além da partilha de informações sobre saúde, trabalho, gênero, música, política, entre outros. O primeiro debate, marcado para às 8h, será Os quilombolas de Minas Gerais: História e Identidade, coordenado pela Federação Quilombola N´golo.

O Encontro estará realizando as seguintes oficinas: Como encaminhar o pedido de reconhecimento de comunidade quilombola; O processo de titulação de terras quilombolas; Formação de associação local; Agroecologia nas comunidades; Meio ambiente e comunidades quilombolas; A organização na luta pela terra; Racismo; Gênero; e Ritmos quilombolas.O II Encontro é realizado pelo Centro de Documentação Eloy Ferreira da Silva (Cedefes), Prefeitura de São João da Ponte, Federação das Comunidades Quilombolas de Minas Gerais – N´golo. Apóiam a iniciativa: Comissão Pastoral da Terra, Centro de Agricultura Alternativa, Conselho Estadual de Participação e Integração da Comunidade Negra de Minas Gerais , Associação Quilombola dos Gurutubanos, Associação Quilombola de Poções , André Alves de Souza – Balcão da Cidadania, Fundação Centro de Referência de Cultura Negra, Emater, Incra.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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