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Comunidades quilombolas entram em roteiro turístico

Mato Grosso abre comunidades quilombolas

Mato Grosso tem, ao todo, 57 quilombolas, algumas com mais de cem anos de existência. O Pantanal está longe de ser o único atrativo turístico de Mato Grosso. Aos poucos, o Estado está desenvolvendo novos produtos, a fim de atrair públicos diferenciados, que gostam não só de curtir a natureza, como também conhecer um pouco de história e vivenciar a lida no campo. Visitar algumas das 57 comunidades negras rurais (quilombolas) pode ser uma opção bem interessante de roteiro para os turistas que visitam o Estado. Dessas 57, pelo menos dezenove foram reconhecidas pela Fundação Cultura Palmares. As comunidades de Poconé existem há mais de 100 anos e vivem da agricultura e da fabricação de produtos alimentícios, conservando características tradicionais dos antigos escravos. As comunidades Mata-Cavalo e Vila Bela são as mais famosas, no entanto, todas têm belos atrativos. A oportunidade de ver o processo de produção de doces e conviver com a simplicidade e hospitalidade oferecida por este povo é uma experiência única. A idéia de desenvolver o turismo é uma forma de as comunidades recuperarem a identidade de quilombolas, o que significa tomar consciência das leis de proteção, que gera direitos para os remanescentes de escravos. Poconé Somente em Poconé, município localizado a 104 quilômetros de Cuiabá, há quatro comunidades quilombolas preparadas para desenvolver o turismo: Capão Verde, Mutuca, Campina de Pedra e Jejum. Capão Verde é formada por aproximadamente 14 famílias, ou seja, um grupo de 60 pessoas instaladas em uma área de 200 hectares. Eles vivem do cultivo da banana, voltada para a produção da farinha de banana, um complemento alimentar rico em cálcio, ferro e fosfato. Mutuca é uma comunidade formada por 36 famílias, aproximadamente 200 pessoas que produzem farinha de banana há mais de 30 anos, além de outros produtos como rapadura e doce de caju. Campina de Pedra está situada no km 32 da Estrada do Corrente, com acesso pelo km 42 da MT 060, Rodovia Cuiabá-Poconé. É uma comunidade com 125 hectares, onde vivem 36 famílias que formam um grupo com 136 pessoas. A principal atividade econômica é o cultivo de cana-de-açúcar para a produção de rapadura, melaço e açúcar mascavo. A comunidade produz cerca de mil quilos de rapadura por semana. Além das delícias da cana-de-açúcar, a comunidade também tem grupos folclóricos que apresentam o cururu, uma dança tradicional da Baixada Cuiabana. Jejum, além de oferecer os produtos da banana e da cana-de-açúcar, tem ainda como atração para os visitantes os remédios naturais feitos pela dona Olga Souza. Há garrafadas e sabonetes para curar diversos tipos de doenças.

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