Escola de samba homenageia quilombolas
Escola de samba do Rio de Janeiro homenageia os quilombolas
A causa quilombola no Brasil ganha neste Carnaval mais um aliado. A escola de samba Beija-Flor vai homenagear as comunidades remanescentes de quilombos no Brasil em seu samba-enredo e nas fantasias que desfilarão pelo sambódromo do Rio de Janeiro. O enredo da escola este ano é: Áfricas: do Berço Real à Corte Brasiliana, que apresenta as divindades africanas e a resistência à escravidão representada pelos quilombos. A letra do samba-enredo cita a comunidade quilombola Pedra do Sal, que está em processo de regularização fundiária no Rio pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Serão homenageadas em fantasias as comunidades quilombolas da Ilha de Marambaia, também no Rio, dos Kalungas, em Goiás, e de Casca, no Rio Grande do Sul.Uma comissão formada por integrantes do Incra e da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) esteve na última sexta-feira (2) no barracão da Beija-Flor para conhecer os detalhes do enredo e as fantasias. Entre os participantes, estavam a ministra da Seppir, Matilde Ribeiro, a superintendente de Promoção da Igualdade Racial do Estado do Rio de Janeiro, a atriz Maria Ceiça, o coordenador-geral de Regularização de Territórios Quilombolas do Incra, Rui Leandro Santos, o superintendente do Incra no Rio de Janeiro, Mario Lúcio Melo, e o assegurador do programa Quilombolas no Incra/RJ, Celso Souza.Os integrantes dos movimentos sociais quilombolas também estiveram presentes na visita, entre os quais os representantes das comunidades de Marambaia, Pedra do Sal e Sacopã, bem como membros da Coordenação Estadual dos Remanescentes de Quilombos do Rio de Janeiro.
Holofotes voltados à causa
De acordo com Rui Leandro Santos, o fato de a trajetória dessas comunidades estar presente no samba-enredo e nas fantasias de uma escola de samba do Carnaval carioca é algo positivo para a causa quilombola. “Consideramos uma homenagem importante e um aliado de grande valia para informarmos à sociedade brasileira os direitos das comunidades quilombolas no Brasil, principalmente em relação à terra onde viveram seus antepassados e à sua riqueza cultural”, ressalta Santos.
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