Encontro reúne quilombolasde várias comunidades do Estado
Cerca de 40 quilombolas do Estado do Rio de Janeiro se reuniram entre os dias 6 e 7 de setembro no quilombo Sacopã, no município do Rio de Janeiro. A reunião tinha como objetivo discutir os problemas enfrentados pelas comunidades, trocar informações, traçar estratégias e prioridades de ação e refletir sobre como contornar necessidade de uma maior comunicação e articulação entre os membros da Associação das Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro (Acquilerj). Entre as comunidades representadas estavam Campinho da Independência (Paraty), Bracuí (Angra dos Reis), Rasa (Búzios), Alto da Serra (Rio Claro), Marambaia (Mangaratiba), Santana (Quatis), Sacopã (Rio de Janeiro) e Lagoa Feia (Campos dos Goytacazes).
No dia 7, estiveram presentes representantes do governo, como Ianê Germano, Consultora da Secretaria Especial de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e Bernadete Lopes, Diretora de Proteção do Patrimônio Afrobrasileiro da Fundação Cultural Palmares (FCP). Elas prestaram esclarecimentos sobre a atuação de seus respectivos órgãos, considerada tímida pelos quilombolas, e se comprometeram a estar mais presentes e atentas às demandas das comunidades do Estado.
Instituições do movimento social ligado à temática quilombola, como KOINONIA e o Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), também foram convidadas para participar do encontro.
Quilombolas participam do movimento do Grito dos Excluídos
Na manhã do dia 7, os quilombolas aproveitaram para se unir à marcha do Grito dos Excluídos, que reúne manifestantes de diversos segmentos do movimento social em diferentes capitais brasileiras.
Eles marcharam pela Avenida Presidente Vargas, no centro do Rio, após o desfile militar pela comemoração do dia da Independência do Brasil, carregando faixas e exigindo justiça para as comunidades quilombolas. Os gritos pela regularização da Ilha da Marambaia ganharam força e conquistaram a adesão de grupos que marchavam ao lado dos quilombolas. Muitos manifestantes quiseram saber mais sobre a situação.
“Apesar da nossa necessidade de fortalecer o movimento quilombola, durante a marcha percebemos que temos muita força”, declarou Ronaldo dos Santos, presidente da Acquilerj.