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Quilombolas da Marambaia denunciam isolamento

Remanescentes de Quilombolas do RJ denunciam isolamento

Os remanescentes de quilombolas que residem na Ilha de Marambaia, no município de Mangaratiba (RJ), esperam pela titulação das terras habitadas por eles há três décadas. Na espera da conclusão do relatório técnico pelo Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), que dará ou não o reconhecimento da área, eles denunciam a situação de isolamento imposta à comunidade pela Marinha Brasileira que ocupa parte do território.

Entidades e atores sociais vinculados à luta pelos direitos humanos, estariam sendo impedidos de entrar na ilha. É o caso da equipe da entidade Koinonia, responsável pelo já concluído laudo antropológico de identificação exigido pela Procuradoria Geral da República. A equipe da entidade não pode ingressar atualmente na Ilha para implementar um projeto de Etnodesenvolvimento Quilombola em parceria com o Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA).

Segundo a comunidade, a Marinha Brasileira ocupa parte das terras para desenvolver treinamentos de guerra e uso privado da ilha para turismo com seus familiares, além de outras atividades como pesca predatória. Denúncias como estas foram encaminhadas, em março deste ano, através de uma carta da comunidade à órgãos como a Presidência da República, Ministério do Meio Ambiente e Secretaria Especial de Direitos Humanos.

Segundo os quilombolas, a Marinha tenta impedir a entrega da titulação das terras aos remanescentes, afirmando que os moradores são responsáveis pela degradação da área.

De Brasília, da Agência Notícias do Planalto, Gisele Barbieri.

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