Primeiro número da revista do Iphan fala sobre quilombolas
Revista Eletrônica Patrimônio
O IPHAN acaba de lançar a Revista Eletrônica “Patrimônio”, que pode ser acessada conforme indicado abaixo ou, ainda, assinada por e-mail, bastando se cadastrar no endereço: http://www.revista.iphan.gov.br/assine.php
Neste primeiro número está sendo publicado, por exemplo, o Dossiê Brasil Afro-descendente, com informações, dentre outros assuntos, sobre quilombos.
Segue abaixo a Carta que o Presidente do Iphan, Antonio Augusto Arantes Neto, explica a importância da Revista Patrimônio.
Carta aos leitores – IPHAN
Algumas das prioridades do Iphan nos últimos tempos têm sido a difusão de informações sobre o patrimônio cultural brasileiro, o estímulo à reflexão sobre aspectos técnicos e conceituais da preservação, assim como o incentivo ao envolvimento da sociedade nesse processo. Nesse contexto, a publicação de Patrimônio, a esperada revista eletrônica do Iphan, chega em boa hora e tem um papel importante a desempenhar.
Este projeto editorial surge de parceria com o Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo, da Universidade Estadual de Campinas (Labjor/Unicamp), que é um centro de pesquisa de linguagem que se dedica a uma atividade ímpar, e extremamente relevante: a aproximação entre pesquisadores acadêmicos e o numeroso público freqüentador da internet, e interessado em ciência e cultura.
O desafio que o Labjor vem se propondo a enfrentar desde 1994 com iniciativas como a revista eletrônica ComCiência (www.comciencia.br), que atinge atualmente 400 mil leitores, é muito parecido com o que vivemos no Patrimônio. Também a preservação se fundamenta em conhecimento especializado, que é primordialmente desenvolvido no ambiente acadêmico. Mas a atividade técnica – que é a missão institucional específica do Iphan – apenas ganha sentido pleno quando os resultados dessas pesquisas retornam à experiência social da população que reconhece, nos bens preservados, as suas próprias referências culturais. Sem a mediação do jornalismo científico, dificilmente o grande público – mesmo o universitário – teria meios de aprofundar o conhecimento das questões do patrimônio.
Esta é mais uma iniciativa do Iphan para a construção de um diálogo produtivo entre os trabalhadores do patrimônio, o seu público e a população interessada de modo geral, que visa também valorizar o papel das referências culturais na construção da cidadania no Brasil.
Está, portanto, lançada esta tentativa ambiciosa, cujos frutos esperamos colher em breve.
Antonio Augusto Arantes Neto, Presidente do Iphan
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