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Comunidade Açude Cipó preserva tradições

Comunidade Quilombola Açude Cipó

A Comunidade Quilombola Açude Cipó preserva o Candombe, uma das maiores riquezas culturais de matriz africana em Minas Gerais.

A comunidade do Açude localiza-se no município de Jaboticatuba, a dois quilômetros do distrito de Cardeal Mota, no entorno do Parque Nacional Serra do Cipó. Existem onze famílias no povoado, contabilizando aproximadamente sessenta pessoas, que vivem de trabalhos urbanos e rurais.

Segundo Dona Mercês uma das lideranças da comunidade, seu avô era escravo e chegou naquela região a mais ou menos 125 anos, lutando contra fazendeiros para permanecerem no local que possuí hoje, mais ou menos onze mil metros quadrados. No entorno da comunidade existe uma grande fazenda denominada de Cipó Velho, onde existe uma senzala e documentos de compra de escravos no Rio de Janeiro na segunda metade do século XIX. Possivelmente a comunidade se formou com a alforria dos escravos desta fazenda.

Todas as casas possuem hortas para o consumo e criação de galinhas. No Açude não existem escolas e nem posto de saúde. A água utilizada por moradores é de um poço artesiano. Existe em toda a comunidade energia elétrica nas residências.

Segundo o morador Flávio, o turismo e a ocupação no entorno de maneira não sustentável, é um grande problema e está causando um impacto social na comunidade.

Segundo a moradora Flor, já houve conflitos de terras, mas atualmente todas as famílias possuem o título legal de posse da terra.

O Candombe é a principal expressão cultural do Açude. Sendo os instrumentos (caixas de percussão, denominados de Tambu) confeccionados por antigos moradores no final do século XIX e início do século XX. Segundo André Braga, o candombe é uma manifestação afro-brasileira caracterizada por uma entoação de cantigas com tambores feitos por mãos escravas, num ritual de louvor à Nossa Senhora da Aparecida, Nossa Senhora do Rosário e outras entidades religiosas. O ritual surgiu nos últimos anos da escravidão, quando os escravos já haviam assimilado vários aspectos da cultura colonial e incorporados elementos da religião católica.

< O Observatório Quilombola reproduz as informações que recebe de suas fontes na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo. >

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