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Caso Família Silva na agência de notícias Adital

Quilombolas querem terra

Na próxima terça-feira (28), os moradores do Quilombo Família Silva, no bairro Três Figueiras, em Porto Alegre, vão se reunir em Brasília com representantes do Ministério do Desenvolvimento Agrário e do Ministério da Cultura para discutir a regularização do terreno de 6,6 mil metros quadrados que as 12 famílias ocupam. O laudo do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) comprovou recentemente que se trata de um quilombo urbano.

Após a conclusão do processo de demarcação da terra, o assessor especial do Desenvolvimento Agrário, Mozar Artur Dietrich, afirmou que a certificação da área ficaria pronta num prazo de cem dias. “Depois de demarcada a área, teremos mais cem dias para providenciar a titulação, o que garantirá definitivamente a posse das terras”. Segundo ele, o Incra está contratando 100 técnicos que serão responsáveis pela demarcação das 2.280 áreas quilombolas existentes no país.

Falando em nome da família de remanescentes dos quilombos, Rita de Cássia Silva, pediu agilidade nas ações do governo federal. “Nossa angústia não pode mais ser prolongada”. A moradora mais idosa da comunidade, Lígia Maria Silva, se emocionou ao relatar a história de seus antepassados. “Meus avós chegaram na área quando ainda era um descampado. Ninguém dava valor. Resistimos no local, criamos nossos filhos e netos e agora somos violentados com a tentativa da expulsão”, lamentou.

< O Observatório Quilombola reproduz as informações que recebe de suas fontes na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo. >

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