Maceió cultural e histórica
Maceió cultural e histórica
Não há dúvidas de que Maceió tem muitos atrativos naturais, cenários formados por coqueirais e praias enfeitadas por arrecifes, jangadas e canoas. No entanto, além das paisagens que dão vida à capital alagoana, os casarões antigos do Jaraguá, a elegância do teatro e a riqueza histórica dos museus é um outro lado encantador, apesar de ainda ser pouco explorado.
O primeiro passo para o turismo histórico e cultural foi dado com a revitalização do bairro antigo Jaraguá, onde estão reunidos os prédios e casarões mais velhos da cidade, dentre eles, a Associação Comercial, o Tribunal de Justiça e a Casa de Letras de Alagoas. Foi incentivado a inauguração de bares e restaurantes, além da realização de shows e eventos. A passagem de ônibus e caminhões na rua principal é proibida, a fim de manter a tranqüilidade do lugar e preservar o calçadão de pedras de 1818, quando o bairro nasceu.
Ainda em Jaraguá, vale a visita ao Museu Théo Brandão, onde a entrada está por R$2.
Além do prédio, datada do século XIX, o museu preserva a arte popular do estado. O acervo doado pelo flocorista que deu nome ao espaço, inclui desde peças de cerâmica, bonecos de madeira, peças sacras, rendas, até objetos que retratam as manifestações populares de Alagoas, como reisado, pastoril, guerreiro e outros folguedos. Na loja de artesanato são vendidos livros, panfletos, jangadas de papel e lustres de material reciclado.
É possível comprar uma bela jangada de papel reciclado por R$3 ou R$5. Outro museu do bairro de Jaraguá é o Museu de Imagem e Som de Alagoas (Misa).
Saindo de Jaraguá rumo ao centro, vamos para a Praça Marechal Deodoro. Nela há uma estátua em homenagem ao Marechal Deodoro e, a sua frente, está o deslumbrante Teatro Deodoro, que foi construído entre 1889 e 1902. O glamour percorre cada canto do prédio, desde sua cafeteria, até às cadeiras em veludo, pelos camarotes e cabines, que dão vida ao seu estilo romano.
A Secretaria Municipal de Promoção e Turismo também pretende desenvolver a fase negra de Alagoas, afinal, o estado foi o primeiro a ter uma população negra vivendo livre, em 1600, a exemplo do resistente Quilombo dos Palmares , disse o secretário Carlos Gatto. Para valorizar a cultura e história do negro alagoano, Carlos Gatto disse que será criado o Museu do Negro. O casarão que será sede já foi comprado. É uma casa que serviu no passado para engordar os escravos e depois vendê-lo. Agora, tentaremos usar o local para mostrar a importância do negro, afirmou Gatto.