A Associação das Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro (Acquilerj) comemorou 18 anos de luta e conquistas em evento realizado, na última segunda-feira (25), na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
Na ocasião, foi lançado o livro “Relatório: Comunidades Quilombolas do Estado do Rio de Janeiro”, produzido por Pedro Rebelo, colaborador de KOINONIA, em parceria com a Acquilerj. A pesquisa mapeia a situação de 32 das 52 comunidades quilombolas do estado no contexto da pandemia de Covid-19.
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Quilombolas vítimas da doença foram lembrados por integrantes da mesa. Tia Uia (Carivaldina Oliveira da Costa), do quilombo da Rasa, em Búzios, foi uma delas. Para o secretário de Cultura do município, Romano Lorenzi, ela era uma “verdadeira memória viva da Acquilerj”.
A presidente da Associação, Bia Nunes, reforçou a importância de Tia Uia para a história da luta quilombola no Rio de Janeiro. “Quando falamos dela, nós falamos da nossa força, da nossa identidade, da nossa resistência”.
Além das mesas, o eventou contou com apresentações culturais de jongo, e com a leitura de uma carta escrita pela jovem Rosilane Almeida, do Quilombo Camorim, localizado em Jacarepaguá, Zona Oeste do Rio de Janeiro.
Participaram também as deputadas estaduais Renata Souza e Mônica Francisco; Ronaldo Santos, ex-presidente da Acquilerj; Luiz Eduardo Negrogun, presidente do Conselho Estadual dos Direitos do Negro (Cedine); Felipe Carvalho, coordenador geral do Programa de Defensores de Direitos Humanos no estado do Rio de Janeiro; Tatiana de Sá Ferreira, geógrafa da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), e Rafael Soares, diretor de KOINONIA.