Você já visitou uma comunidade quilombola? Não? Deveria, vais percorrer os caminhos da história brasileira, encontrar gente séria, trabalhadora e empenhada em construir um futuro melhor para seus descendentes e familiares. No “Caderno de campo: notas de experiência de pesquisa em Territórios Negros”, de Ana Gualberto e Daniela Yabeta, ambas pesquisadoras e integrantes de KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço, você pode fazer essa viagem.
Entender um pouco melhor o que significa dedicar sua vida, não somente para trazer reflexões, mas ouvir também como podemos nos somar ao coletivo, trabalhar com e para uma comunidade ou povo. Pois, o trabalho das duas traz essas duas facetas, a visão de duas intelectuais em processo de amadurecimento contínuo e ao mesmo tempo, a conversa próxima, ao pé do ouvido, sensibilizadora das estratégias e vidas de milhares de territórios negros espalhados pelo Rio de Janeiro e Bahia.
Nessas páginas também podemos verificar como a luta dessas comunidades está invisibilizada. Foi somente na Constituição Federal, chamada de Constituição Cidadã, de 1988, que se reconhece as comunidades quilombolas como portadoras do direito à propriedade da terra. Hoje são 175 territórios titulados onde vivem 265 comunidades, em 16 estados brasileiros. Isso corresponde a apenas 9% das comunidades quilombolas. Ana e Daniela também nos levam para conhecer esses meandros do mundo jurídico e como é uma disputa constante manter essas terras que são ameaçadas cotidianamente.
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GUALBERTO, Ana; YABETA, Daniela. Caderno de Campo: Notas de experiência de pesquisa em Territórios Negros. Ebook, São Leopoldo: Karywa, 2020. 103p. ISBN: 978-65-86795-05-9
Palavras-chave: Quilombolas; Comunidades tradicionais; Racismo; Resistência; Religião de matriz africana.