Conheça o Seminário nacional de juventude – ConectAids

“Use camisinha!”. Por muitos anos, quando o assunto era prevenção ao vírus HIV, hepatites virais ou outras IST, essa era a frase mais utilizada. Sem espaço para discussão ou alternativas. Por sorte avançamos neste aspecto e hoje contamos com um verdadeiro cardápio quando se trata de prevenção. Porém, a medida que a epidemia do HIV vem diminuindo no mundo, algumas populações no Brasil ainda são vulneráveis. De 2007 até junho de 2016, foram notificados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação do Ministério da Saúde 136.945 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 71.396 no Sudeste (52,1%), 28.879 no Sul (21,1%), 18.840 no Nordeste (13,8%), 9.152 no Centro-oeste (6,7%) e 6.868 na Região Norte (6,3%). Quanto à maneira de transmissão entre os maiores de 13 anos de idade, prevalece a sexual. Nas mulheres, 86,8% dos casos registrados em 2012 decorreram de relações heterossexuais com pessoas infectadas pelo HIV. Entre os homens, 43,5% dos casos se deram por relações heterossexuais, 24,5% por relações homossexuais e 7,7% por bissexuais. O restante ocorreu por transmissão sanguínea e vertical. Como falar com esses jovens sobre isso? É preciso entender que as vulnerabilidades a infecção do HIV está ligada à outras questões como Direitos Humanos, políticas públicas, preconceito, educação, sexualidade, uso de drogas e a dificuldade de identificar uma linguagem na comunicação para acessar essas populações. Além disso, não dá para esquecer que a juventude atualmente é digital e está nas redes. O ConectAids foi idealizado justamente com essa proposta, não focar apenas no “use camisinha” e sim abordar todas as questões acima que permeiam o assunto. O Seminário é virtual com alcance em todo Brasil, e desde sua abertura, em novembro, mais de 1.600 jovens se inscreveram para assistir às aulas do seminário. Todos os vídeos das aulas estarão disponíveis na plataforma EAD até o dia 15 de dezembro, tendo uma web conferência como encerramento do Seminário. Boas devolutivas estão chegando, como no caso da Maria de Lourdes Escouto, aluna do seminário: “O conteúdo trabalhado é muito importante pois apresenta uma trajetória histórica da juventude e os avanços conquistados. Isso serve de base para um aprofundamento em qualquer circunstância juvenil e para promover os direitos humanos no Brasil”. O aluno Paulo Elias Vieira também concorda, e para ele, assuntos abordados no ConectAids devem ser abordados cada vez mais, inclusive na academia, em cursos de Direito, Psicologia, Pedagogia, Educação Física e outros mais. *Este conteúdo foi produzido por meio do Projeto nº 914BRZ1138 do Ministério da Saúde.
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