
No dia 23, Symmy Larrat, assistente de coordenação do Transcidadania, participou do encontro “Tecendo as redes de cuidado familiar”, do programa estadual Recomeço Família, no Centro de Referência de Álcool, Tabaco e Outras Drogas (Cratod), na região da Luz, SP.
O tema da conversa foi “Relação entre identidade de gênero e abuso de drogas” e Symmy falou sobre identidade de gênero e orientação sexual. Outra das palestrantes, a psicopedagoga do Cratod, Ariadne Ribeito, falou do tema do ponto de vista da área da saúde. symmy abordou a rejeição e violência, em geral, sofrida desde muito cedo por transexuais e travestis) em suas próprias famílias. A assistente de coordenação falou ainda de como as frustrações decorrentes desse tipo de situação podem ser depositadas em vícios em drogas ou álcool, posteriormente.
“A identidade de gênero está ligada a quem eu sou e como eu me reconheço, porém, nossa sociedade é patriarcal, e a figura do homem e mulher é bem definida pelos órgãos genitais, ou seja, o lugar onde nós recebemos a primeira violação de direitos humanos é na família, pois é pecado, é amoral, e a família não foi ensinada a acolher essa pessoa. Logo, ou essa pessoa é expulsa de casa, ou vive uma verdadeira tortura psicológica dentro da família”, diz Symmy.
Uma outra questão importante no debate foi o atendimento da população T nos serviços públicos. A falta de uma regulação das instituições públicas, nesse sentido, acaba fazendo com que elas reproduzam a discriminação do conjunto da sociedade, negando dessa forma direitos básicos.