A Igreja Metodista de Itaberaba, na capital paulista, acolheu, no último dia 16 de agosto, mais uma roda de conversa promovida pela Rede Religiosa de Proteção à Mulher Vítima de Violência. Quinze pessoas se reuniram para compartilhar experiências e articular ações que possam transformar as comunidades de fé em centros de acolhimento de mulheres vítimas de violência.
O objetivo principal das rodas de conversa, que têm ocorrido nas igrejas e comunidades religiosas, é despertar e sensibilizar as pessoas para a necessidade de apoio da sociedade diante dos inúmeros episódios de agressão às mulheres e da falta de orientação para que as vítimas registrem seus casos na Delegacia da Mulher, ingressem no serviço de saúde pública e recebam assistência jurídica.
Entretanto, de acordo com Ester Lisboa, facilitadora das rodas de conversa e assessora de KOINONIA, “as pessoas não precisam ser sensibilizadas para esta situação; elas já estão enfrentando o problema”. Assim, a Rede Religiosa de Proteção à Mulher Vítima de Violência suprirá a necessidade de capacitar as pessoas e as comunidades para o enfrentamento da violência.
Integrantes das igrejas Metodistas em Itaberaba, Vila Nova Cachoeirinha, Vila Nivi, Vila Mariana, da Rede Cultural Beija Flor e da Igreja Anglicana puderam relatar suas experiências no que tange à tentativa de enfrentar a violência. Mas o elemento comum que uniu todas as falas foi a sensação de impotência e a falta de orientação sobre os procedimentos a serem tomados. Visando a superação dessa dificuldade, o próximo passo para a implantação da Rede é a realização de um seminário de capacitação de agentes para o atendimento das vítimas.