“As manifestações religiosas afro-brasileiras não se constituem em religiões”. Essa foi a afirmação do juiz federal Eugênio Rosa de Araújo, da 17.ª Vara Federal do Rio de Janeiro, e que causou polêmica nas ultimas semanas. Considerando a Constituição Brasileira, a Comissão de Combate a Intolerância Religiosa (CCIR) e a Associação Nacional de Mídia Afro (ANMA) promoverão, amanhã, quarta-feira, às 17h, o “Ato em Solidariedade às Religiões de Matriz Africana”, que ocorrerá no nono andar da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), na Rua Araújo Porto Alegre, 71. A intenção é juntar religiosos, ateus e agnósticos, universitários, intelectuais e membros da sociedade que se preocupam com a defesa de seus direitos.
Maçons, rosacruzianos, judeus, espíritas, evangélicos, bahá’ís e diversos segmentos que compõem a comissão são presenças confirmadas. Também vão comparecer políticos comprometidos com os direitos humanos, artistas, escritores, intelectuais e, principalmente, os jovens. Artistas como Dudu Nobre e Lázaro Ramos apoiam a ação e estão divulgando em suas redes pessoais.
Com o tema “Independente de Escolhas, Somente Unidos Somos Fortes”, o Ato fomenta que a afirmação do juiz é uma ofensa não apenas para as religiões de matriz africana, mas também a toda população brasileira.