Clarisse Braga
Entender a violência que acomete mulheres – dentro e fora de casa – por meio da reflexão inter-religiosa foi tema da Roda de Conversa: Religião e Violência contra a Mulher. Fés, aflições e informações foram compartilhadas entre mulheres e homens de diferentes tradições durante o evento que aconteceu no último sábado (29/3), na Paróquia Anglicana da Santíssima Trindade em São Paulo – SP.
A roda de conversa foi a ação inicial da Rede Religiosa de Proteção à Mulher Vítima de Violência – iniciativa de KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço – que tem por objetivo transformar as comunidades religiosas em espaços de acolhimento, orientação e prevenção da violência contra a mulher. Um ambiente de descontração, cumplicidade e histórias de vida proporcionou várias reflexões entre pessoas de diferentes denominações de fé.
Para a presbiteriana Alessandra Panduro, que se viu entre católicos, candomblecistas e metodistas, esta diversidade foi o ponto chave para a discussão a cerca da violência à mulher. “Vivemos em um país de muitas tradições; no entanto, os problemas que as comunidades enfrentam são os mesmos. As diferentes tradições precisam se unir para solucionar um problema que é comum a todos”, afirma Alessandra. “Se não começarmos a discutir a violência contra as mulheres através do diálogo inter-religioso, quem irá?”, completa.
Além da Alessandra, outra religiosa que defende o diálogo entre fés para a superação de problemas comuns é a Iyálorixá Cristina dOsun, coordenadora da Rede Nacional de Religiões Afro-Brasileiras e Saúde (Renafro): “Acredito que somente o pensamento coletivo e ações efetivas dentro do conceito proteção e ação firmarão uma rede forte para o cuidado da mulher vitima de violência”.
A roda de conversa foi o primeiro passo para a organização da Rede Religiosa de Proteção à Mulher Vítima de Violência, mas a iniciativa de KOINONIA não é individual, ela é construída por pessoas inseridas nestas comunidades plurais.
Para saber mais sobre a Rede e seus encaminhamentos, clique aqui ou envie sua mensagem para saudedireitos@koinonia.org.br.