Helena Costa
Com a oração de abertura a cargo de Mãe Helenice, do Ilê Axé Omin JObá, e ao som dos atabaques dos alunos da oficina de toque realizada em seu terreiro. Assim teve início a última reunião de 2008 dos Terreiros de Candomblé atendidos pelo programa Egbé Territórios Negros.
A exemplo da reunião realizada em agosto, esta também contou com o trabalho e arte produzidos nas oficinas promovidas pelo projeto “Capacitação e apoio ao desenvolvimento de comunidades negras tradicionais no Brasil”. Várias peças criadas nas oficinas foram expostas, bordado, costuras e entalhes
Não há desenvolvimento sem liberdade religiosa
O pastor Djalma Torres, da Igreja Batista de Nazareth, membro do Conselho Inter-religioso do programa Egbé, fez um oração pedindo pela completa superação da intolerância religiosa – um clamor que ganhou especial atenção naquele momento, em que se comemorava a Semana Consciência Negra.
Logo após o almoço, os participantes foram convidados a debater o tema “Desenvolvimento”, reunidos em pequenos grupos. As reflexões de cada grupo foram apresentadas à plenária posteriormente, oferecendo um quadro bastante rico de conceitos sobre o tema. Praticamente todos os presentes concordaram que há espaço para o Candomblé num mundo desenvolvido, uma vez que a religião preza pela igualdade e pelo respeito ao diferente, condições fundamentais para o alcançar o desenvolvimento.
Mais de 120 pessoas compareceram ao Almoço de Trabalho e Confraternização, em que foi lançada a nova edição do informativo Fala Egbé. A oração de encerramento, feita ao som dos atabaques, foi coordenada por Luciano, do Terreiro Manso Dandalungua Cocuazenza. A próxima reunião acontecerá em abril de 2008.