História
Brotas - SP
O Quilombo Brotas está localizado no Estado de São Paulo, município de Itatiba, situado à 76 km da capital do Estado. A maior parte do território do Quilombo Brotas está situado no perímetro urbano da Cidade de Itatiba. Apesar disso as 32 famílias que residem ali se consideram moradores de um sítio.
Os membros do Quilombo Brotas ocupam seu território há mais de 120 anos. Essas terras foram compradas por escravos libertos: Emília Gomes de Lima e Isaac de Lima entre os anos de 1878 e 1885.
Devido à desinformação e falta de dinheiro eles não registraram as terras que haviam comprado o que provou um verdadeiro reboliço na família por volta de 1960 quando, segundo eles, veio uma carta da Prefeitura dizendo que teriam pagar uma multa altíssima caso contrário perderia suas terras.
Em 1969 foi feito o inventário de Isaac e Emília, sendo o primeiro registro em cartório dessas terras.
Com o passar do tempo os filhos e netos de Amélia saíram das terras para procurar trabalho na indústria. Depois de várias idas e vindas uma parte dos descendentes de Amélia, não conseguindo emprego e um lugar para morar, resolveram se estabelecer no Quilombo onde vivem até hoje.
Na última década uma grande mudança no espaço em torno do seu território podemos notar que em 15 anos o entorno do Quilombo Brotas foi modificado com o surgimento de loteamentos e destruição de área de mata .
Desde 2001, quando teve início a construção do loteamento Nova ItatibaII, que é vizinho do Quilombo Brotas, essa comunidade passou a sofrer as conseqüências das obras para escoamento das águas da chuva e esgoto do loteamento. Uma delas, foi o assoreamento de um córrego que é formado por várias nascentes, sendo que a principal, nasce dentro do território quilombola provocando o desaparecimento de peixes e crustáceos.
A Associação do Quilombo Brotas buscou ajuda de uma O.N.G. – Forúm Pró-Cidadania que denunciou o caso para o Ministério Público Estadual.
Ao longo dos anos depois de diversas ameaças de perderem seu território e devido à destruição de seu patrimônio cultural e ambiental essa população começou a buscar uma forma de resolver essa questão. Assim tomaram conhecimento das leis estaduais e federais para quilombos e perceberam que o título coletivo seria uma saída para seus problemas.
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