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Bahia Formosa - RJ

História:

A fazenda da Baía Formosa era utilizada pelo traficante José Gonçalves da Silva como um dos locais de desembarque ilegal de africanos escravizados, já que o comércio de africanos foi proibido no Brasil em 1831. Depois de desembarcarem clandestinamente, os escravos eram distribuídos por toda a região que compreendia a antiga fazenda de Campos Novos. Com a abolição da escravidão (1888) os recém-libertos e descendentes continuaram vivendo na região e chegaram a pagar arrendamento aos que se apresentavam como proprietários das terras. Na década de 1970, parte da comunidade foi desterritorializada, muitos foram viver no município de Cabo Frio, na região do Jardim Peró e hoje lutam para retornar ao antigo território que habitavam há várias gerações.

Origem do nome: Nos registros paroquiais de terras referentes à província de Nossa Senhora da Assunpção de Cabo Frio (século XIX), já consta o nome de Baía Formosa como propriedade do traficante de escravos José Gonçalves da Silva (Arquivo Público do Estado do Rio de Janeiro).

Processo:
  - Certificada

Município / Localização: Armação de Búzios

Número de famílias: Até o momento (set/2013) o número se aproxima de 100.

Estágio no processo e regularização territorial: Foi certificada pela Fundação Cultural Palmares como remanescente de quilombo em 2011. Atualmente (set/2013), a comunidade passa pelo processo de demarcação do local e identificação das famílias.

Condições sociais: A comunidade é atendida pela Escola Municipal Lydia Sherman e possui um Centro de Referência de Assistência Social (Cras). Não há Programa Saúde da Família (PSF) dentro da comunidade.

Condições econômicas: Trabalham em cargos de pedreiro, marceneiro, professor, vigilante, carpinteiro e no setor de hotelaria da região dos lagos.

Redação: Daniela Yabeta

Pesquisas: Daniela Yabeta Elizabeth Teixeira (Associação dos Remanescentes de Baía Formosa)

Verbete atualizado em 30/05/2023


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