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Quilombolas invadem área da Aracruz no Espírito Santo

Quilombolas do norte do Espírito Santo invadiram ontem uma área da Aracruz Celulose, reconhecida como território quilombola, em Conceição da Barra (264 km de Vitória).

A invasão reuniu cerca de 500 pessoas, segundo lideranças quilombolas, e cerca de cem, para a Polícia Militar. Os manifestantes derrubaram eucaliptos, impediram a passagem de funcionários da Aracruz e montaram um acampamento na área.

Eles pedem agilidade na demarcação e na vistoria da área de 9.542 hectares –80% ocupada por florestas de eucalipto da Aracruz– reconhecida como território quilombola em portaria assinada pelo presidente do Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária), Rolf Hackbart, em 14 de maio.

Vamos ficar acampados por tempo indeterminado até recuperarmos nossa terra, disse Aparecida Marciano, líder da comunidade quilombola Linharinho. Os manifestantes pertencem ao território quilombola do Sapê do Norte –32 comunidades localizadas em Conceição da Barra e em São Mateus.

O processo de vistorias para possíveis indenizações está atrasado por causa da greve do Incra [iniciada há 40 dias], disse Jefferson Correia, do programa de regularização de territórios quilombolas do Incra no Espírito Santo.

De acordo com Correia, para que as indenizações ocorram, o governo estadual precisa confirmar se as terras foram adquiridas legalmente.

Além da Aracruz, três proprietários ocupam a área pleiteada pelos quilombolas. Em nota, a Aracruz Celulose disse que a área invadida é de propriedade da empresa. Vamos buscar na Justiça a garantia dos nossos direitos, diz o texto.

A nota diz ainda que a empresa está contestando administrativamente todo o processo que reconhece o território quilombola, inclusive a portaria do Incra.

< O Observatório Quilombola publica todas as informações que recebe, sem descartar ou privilegiar nenhuma fonte, e as reproduz na íntegra, não se responsabilizando pelo seu conteúdo.>

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