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Conheça um pouco sobre a Comunidade Colônia do Paiol

Comunidade Quilombola Colônia do Paiol

Tese de doutorado sobre a comunidade quilombola Colônia do Paiol enriquece a discussão sobre o tema

A Comunidade Quilombola de Colônia do Paiol, no município de Bias Fortes, na zona da Mata de Minas Gerais possui aproximadamente 250 famílias, contabilizando 620 pessoas.

Segundo antigos moradores, a comunidade existe desde o início do século XIX, com a vinda de nove ex-escravos do fazendeiro José Ribeiro Nunes. Os seus moradores são oriundos de grandes fazendas de cultivo de café, muito comum na região. Atualmente não há conflito pela terra, apesar de seus moradores não possuírem nenhum tipo de documentação legal. Uma parte do território tradicional de Colônia do Paiol foi grilada por fazendeiros.

Existe energia elétrica e um telefone público na Colônia do Paiol. Há também uma escola dentro da comunidade que funciona até a quarta-série do ensino fundamental. São oito professores lecionando na escola, mas apenas um é quilombola. Muitas crianças e jovens estão fora da escola para poderem trabalhar.

Existe um posto de saúde que funciona precariamente, mas há uma constante visita do Agente de Saúde do município de Bias Fortes. A hipertensão e a obesidade são as enfermidades mais comuns entre as pessoas.

Não há coleta de lixo, que sempre é queimado quando há um acúmulo. O saneamento básico ainda é bastante precário.

Os moradores que não trabalham nas cidades vivem de subsistência, trabalhando na roça e plantando abóbora, milho, feijão e arroz. Aproximadamente 200 pessoas recebem benefícios do INSS.

Existem católicos e evangélicos na Colônia do Paiol. A padroeira da comunidade é Nossa Senhora do Rosário. Durante as festividades os moradores praticam as danças de Louvor a Nossa Senhora do Café, Cabral, Seda e Renda, Hino de África, Terreiro que o Galo Canta, Casca de Coco e Raiz de África. A congada e o jongo ainda são praticados pelas pessoas.

O professor Djalma Antônio da Silva escreveu uma belíssima tese de doutorado sobre a comunidade quilombola de Colônia do Paiol. O título da obra é “O passeio dos quilombolas e a formação do quilombo urbano”. A tese foi defendida na PUC / SP.

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