
Durante o encontro, os participantes refletiram sobre perguntas como: “O desejo muda com o tempo?”, “As formas de preservação também mudam?” e “Como lidamos com a sexualidade em diferentes fases da vida?”. Além da roda de conversa, a programação contou com música, dinâmicas e distribuição de preservativos, autotestes e lubrificantes, fortalecendo o diálogo sobre prevenção e autocuidado de maneira leve e acolhedora.
Após a oficina, o grupo visitou a exposição de arte Insurgência Artvista – realizada pela Vismoart, realizada também na ocupação, reunindo arte e convivência comunitária.

O momento final foi dedicado à avaliação do projeto, com depoimentos emocionantes das participantes. A assistente social Conceição, do MMCR, destacou a importância das oficinas como espaço de escuta, acolhimento e reconstrução da autoestima:
“Foi muito importante esse trabalho. Muitas mulheres compartilharam histórias de violência — sexual, psicológica, dentro de casa ou em relacionamentos — e encontraram nas oficinas um espaço para colocar suas dores pra fora e limpar a mente de tanta coisa guardada. Também ouvimos mulheres dizendo: ‘Passei a vida inteira casada e nunca soube o que era sentir prazer. Agora eu quero sentir prazer, porque aprendi que meu corpo é meu território.’ Foi um processo muito positivo, dois anos de caminhada. A gente espera que o projeto volte, porque hoje sabemos que o corpo é um território de luta e de preservação da saúde, e é com ele que seguimos lutando por uma vida melhor e por relações mais saudáveis.”
O encerramento do projeto reforçou a relevância de criar espaços comunitários de diálogo sobre sexualidade, gênero e direitos, ampliando o acesso à informação e promovendo autonomia, autocuidado e dignidade entre os moradores das ocupações.
