O programa Escola Nacional Nêgo Bispo de Saberes Tradicionais, lançado pelo MEC (via Secadi) em parceria com o IFBA, destina-se a financiar até 100 cursos de extensão que incorporam saberes afro-brasileiros, indígenas e quilombolas à formação docente.
Cada projeto aprovado receberá até R$ 41,6 mil, numa previsão orçamentária de R$ 7,5 milhões até 2027. Os cursos deverão ser conduzidos por servidores dos institutos federais e contar com mestres ou mestras do saber tradicional, além de assistentes e colaboradores.
As inscrições para o primeiro edital vão até 16 de outubro de 2025 e os cursos aprovados terão foco em quatro eixos temáticos: Artes e Ofícios, Línguas e Narrativas, Memórias e Oralidade e Cosmociências. O programa tem como objetivo romper com o caráter eurocêntrico dos currículos acadêmicos e reposicionar mestres de saberes tradicionais como coformadores do conhecimento pedagógico.
A iniciativa homenageia Nêgo Bispo (1959–2023), intelectual quilombola que desenvolveu reflexões sobre cosmociência, oralidade e resistências culturais no Brasil.
Com essa ação, o MEC busca promover pluralidade epistemológica nas formações docentes e fortalecer a dignidade de comunidades historicamente marginalizadas por meio da educação.
Disponível em: https://porvir.org/programa-nego-bispo-financiar-cursos/ | Fonte: Porvir em 29 de setembro de 2025