KOINONIA participa da formação do Grito dos Excluídos 2024: todas as formas de vida importam, mas quem se importa?

Por Camila Chagas, assessora jurídica em KOINONIA, e revisão de Natasha Arsenio, jornalista em KOINONIA.

No dia 20 de agosto, KOINONIA facilitou a formação do IV Eixo do Grito dos Excluídos cuja temática foi “Violências Estruturais, Patriarcado, Racismo e Machismo”. Partilhamos a história da nossa organização na luta por direitos junto às comunidades vulnerabilizadas e em processo de emancipação social e política, com o recorte especial às mulheres, por ocasião do Agosto Lilás, mês de conscientização sobre o combate à violência contra mulher, os dados alarmantes de feminicídio e de como é possível nos organizar para resistir e enfrentar casos de violência, sem esquecer do papel fundamental do Estado na garantia de direitos e de como as opressões do patriarcado e do machismo são atravessadas pelo racismo, afetando de maneira ainda mais cruel a vida de mulheres negras.

O Grito dos Excluídos é um movimento que surgiu a partir da Campanha da Fraternidade de 1995, cujo tema foi “Fraternidade e Excluídos” e o lema: “Eras tu, Senhor?”. A época, os participantes do movimento escolheram ir às ruas., no dia 07 de setembro, em contraposição ao “Grito da Independência”, tendo em vista a invisibilidade daqueles que construíram a história desse país.

O Grito dos Excluídos visa a mobilização da opinião pública em pautas sociais do campo e da cidade. Coloca em evidência a população brasileira oprimida pela violação de direitos. A escolha pelo sete de setembro, feriado da Independência do Brasil, não foi por acaso, mas sim uma forma de chamar atenção para as pautas sociais nas ruas e discutir sobre que tipo de soberania o povo brasileiro está submetido. É o grito daqueles que lutam e defendem seus direitos.

Até o dia do ato, é realizado encontros formativos como este facilitado por KOINONIA. Nossa atuação abrange o combate à violência contra a mulher, formação de mulheres religiosas em mecanismos de proteção, criação de espaços de escuta, produção de material informativo sobre enfrentamento às violências baseadas em gênero, e participação em iniciativas de incidência pública nacional e internacional. Acesse aqui a cartilha de formação em escuta ativa e empática: mulher, vai tudo bem contigo?

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