KOINONIA, com o apoio da Coordenadoria de IST/AIDS da Cidade de São Paulo, promove primeira oficina do projeto Prevenção na Ocupação

Com o tema Nosso corpo, território de luta, festa e prevenção, o evento reuniu cerca de 20 pessoas no último fim de semana. Próximo encontro acontece no dia 11 de maio.

Por Natasha Arsenio

Durante a oficina, foram discutidos tabus relacionados à sexualidade e destacada a importância do autocuidado tanto individual quanto coletivo. Esses são assuntos diretamente relacionados aos objetivos do projeto Prevenção na Ocupação, que visa fomentar discussões, promover informação e reforçar a importância da prevenção ao HIV, aids e outras Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), em ocupações centrais da cidade de São Paulo.

Yara Cotait, moradora da Ocupação Conselheiro Nébias e agente de saúde, relata a importância da atividade para o espaço. “Que bom ter esse projeto aqui. É bom cuidar do nosso corpo e compartilhar as informações de prevenção”.

A partilha de histórias é peça fundamental para o projeto Prevenção na Ocupação. Nesse sentido, uma importante observação feita nesse dia foi o quão indispensável são os recursos como água, luz e moradia para a dignidade das pessoas: “quando eu cheguei na ocupação, não tinha água e nem energia. Era tudo escuro e triste. Hoje a gente tem água e luz em todos os andares. Eu gosto de morar aqui.”, compartilhou Leonardo Matheus Coelho Matias, um dos participantes da oficina.

Sob o tema que norteou o encontro, uma das reflexões coletivas a que se chegou foi que nossos corpos também são territórios. “Eles precisam de cuidado”, ressaltou Maria Jaira Coelho.

A próxima oficina já tem data e tema definidos: ocorrerá no dia 11 de maio, às 9h, com o tema É mulher ou homem? A construção da sexualidade normativa.

O projeto Prevenção na Ocupação é uma parceria firmada, via edital de seleção, entre a Coordenadoria de IST/AIDS da Cidade de São Paulo e KOINONIA. O objetivo é promover uma abordagem integral e inclusiva sobre saúde sexual e reprodutiva e o enfrentamento das vulnerabilidades enfrentadas por comunidades como as que estão vivendo em situação de ocupação. A iniciativa se enquadra nas ações do eixo temático Direitos de gênero, sexuais e reprodutivos.

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