A preocupação com o descarte de resíduos e seu impacto ambiental esteve no centro da Caminhada Sagrada da Resistência, realizada em 23 de maio no Quilombo Pitanga de Palmares/Caipora, Bahia. Devido à pandemia, teve frequência reduzida.
O evento, apoiado por KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço, foi aberto com a apresentação da Dança de São Gonçalo, manifestação cultural muito popular na Bahia, principalmente na região do Rio São Francisco e no Recôncavo Baiano.
Na sequência, foi apresentado um projeto de sustentabilidade e lançada a cartilha “Akoberê Aiyê – Princípio da Terra”, sobre meio ambiente e religiões de matriz africana.
“Foi fundamental a gente falar de educação ambiental, descarte do lixo, e sobre como nós, de terreiro, devemos fazer as oferendas sem impactar o meio ambiente”, destacou Iyá Jaciara, uma das organizadoras do encontro.
Representante de KOINONIA, Ana Gualberto lembrou de uma cartilha de Abassá de Ogum, que também traz práticas sustentáveis voltadas ao povo de terreiro. Em sua fala, aproveitou para exaltar os quilombolas presentes.
“Nesse mundo que a gente está vivendo, as pessoas fazem muita homenagem em memória. A gente precisa receber homenagem em vida também. É importante que, nesse espaço, a gente reverencie a ancestralidade, mas também valorize quem está na luta hoje”.
Após a Caminhada Sagrada da Resistência pelo terreiro e seus arredores, o evento foi encerrado com a plantação de folhas sagradas e a inauguração de cestos de lixo sustentáveis.
O Quilombo Pitanga de Palmares/Caipora se localiza no município de Simões Filho, Região Metropolitana de Salvador.
Confira algumas imagens feitas no evento:
*Créditos: Acervo Abassá de Ogum