Alunxs do Transcidadania visitam o Memorial da Resistência de São Paulo

Xs alunxs puderam compartilhar suas vivências, relatando casos de tortura e aprisionamentos que, segundo elxs, faziam parte da realidade dos travestis.
Xs alunxs puderam compartilhar suas vivências, relatando casos de tortura e aprisionamentos que, segundo elxs, faziam parte da realidade dos travestis.
O Memorial da Resistência de São Paulo, museu que funciona na antiga sede do Departamento Estadual de Ordem Política e Social de São Paulo (Deops/SP) – uma das polícias políticas mais truculentas do país, principalmente durante o regime militar -, abriu suas portas para as três turmas do programa Transcidadania. Com orientação de Sula Assunção, responsável pela formação promovida por KOINONIA em Direitos Humanos, Cidadania e Democracia, xs alunxs puderam conhecer o museu dedicado à preservação das memórias da repressão e resistência política do Brasil.
 
As experiências de formação têm como objetivo incentivar a busca e garantia por direitos, baseando-os historicamente. Por este motivo, algumas alunas que conhecem de perto as ações que eram praticadas naquele espaço compartilharam suas vivências, relatando casos de tortura e aprisionamentos que, segundo elxs, faziam parte da realidade dos travestis.
 
A orientadora Sula, durante toda a visita, apontou, por meio de comparações, situações vividas ainda nos dias atuais, mostrando os resquícios deixados em nossa sociedade, como, por exemplo, casos de morte de travestis causados por questões de intolerância. A partir das memórias dxs que resistiram, a visita não só trouxe informações sobre as atrocidades da repressão, mas, sobretudo, as inspirações para a valorização da solidariedade, dos princípios democráticos e do respeito à diferença.

Julia Cavalcante, aluna do Transcidadania, declarou sua emoção ao visitar o local. “A visita ao Memorial da Resistência me tocou profundamente, sou apaixonada pela história do nosso país, especialmente pelo período da ditadura militar, o golpe de 64, o AI-5 em 68 e etc. Tudo o que eu li em livros e vi em documentários e filmes, pude sentir visitando o Memorial. Foi impactante e me fez pensar nesse momento que estamos vivendo, no retrocesso que seria se voltássemos a viver dentro de um regime militar, com mais censura e violações dos direitos humanos”.
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