KOINONIA participou na manhã desta sexta (27) da inauguração do Centro de Cidadania LGBT no Centro de São Paulo. O evento contou com a participação do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, e da ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti. O objetivo do Centro é proporcionar um serviço de apoio e atendimento a pessoas LGBT, familiares e amigos(as) em situação de vulnerabilidade social, vítimas de preconceito e discriminação. As pessoas também vão poder assistir a palestras, debates e fazer testes de HIV.
A cerimônia de abertura foi iniciada com a manifestação artística de Tais Souza, travesti de 33 anos que interpretou “Balada de Gisberta”, de Maria Betânia. Emocionada, a coordenadora do Centro de Cidadania LGBT, Dediane Souza, afirmou: “Vai fazer a diferença na vida de lésbicas, gays, bissexuais e travestis, a quem historicamente é negado o exercício pleno da cidadania”. A coordenadora ainda ressalta que o equipamento é um redesenho do espaço público, que tem como fundamento uma sociedade onde as pessoas possam ser tratadas por serem pessoas e não por sua orientação sexual e identidade de gênero.
Diante do desafio da população LGBT ser vista como pessoas de direitos, como qualquer cidadão paulistano, o secretário-adjunto de Direitos Humanos de São Paulo, Rogério Sottili, acrescenta que “essa população merece ser vista além de uma população vulnerável que precisa de ajuda, mas como uma população valorizada que merece exercer seu direito de cidadania”.
O prefeito Fernando Haddad, iniciou sua fala ressaltando a importância da luta contra a homo-lesbo-transfobia e de projetos como esse para se ter uma cidade mais humana. Ele afirma ainda que “São Paulo está dando um grande passo e deve servir de exemplo para outros municípios”. Parabenizando o prefeito pela atitude, a ministra dos Direitos Humanos, Ideli Salvatti, inspirou a todos pela humanização da sociedade e destaca o protagonismo do centro: “Só aquele que sempre teve não entende a importância de se dar direito e acolhida àquele que não teve. Os que sempre tiveram não tem o direito de tirar a oportunidade de quem nunca teve”.
O espaço também será sede da equipe técnica do Programa Transcidadania, lançado pela prefeitura em janeiro. Além do atendimento social, psicológico e jurídico ofertado a população LGBT pelo Centro de Cidadania LGBT, KOINONIA promoverá ações de formação em direitos humanos e políticas públicas voltadas a essa população. A assistente social do Centro relatou a importância da instituição para o todo o trabalho a ser realizado. “Essa parceria nos ajuda a sair da retaguarda e não esperar a homofobia acontecer. A promoção de direitos é o ponto mais preciso”.
O Centro de Cidadania LGBT funcionará de segunda a sexta-feira, das 9h às 21h, na Rua do Arouche, 23, 4º andar, República, centro de São Paulo.