“Economia verde” é um engodo, afirmam líderes de organismos sociais

Carolina Maciel

A “economia verde”, conceito que virou moda pelo incentivo dos meios de comunicação de massa, nada mais é do que um disfarce das grandes corporações para se apropriarem de mananciais com seus megaprojetos voltados à exportação, disse Carolina Amaya Tovar, da campanha Mesoamérica para a Justiça Climática, de El Salvador.

Encontro convocado por ACT Aliança, Jubileu Sur Centroamérica, Movimento Social Nicaraguense e Campanha Mesoamérica para a Justiça Climática, reuniu, nesta semana, líderes de organismos para análise dos efeitos da economia verde, por eles definida como parte das medidas de caráter estrutural da globalização.
 
Esse disfarce da mercantilização da natureza serve para que investidores acumulem mais capital. Agora, até mesmo desportistas começam a falar em “carreira verde” e sociólogos e pedagogos recomendam uma “educação verde” como suposta garantia para gerações futuras.
 
O diretor adjunto do Conselho de Igrejas Evangélicas Pró-Aliança Denominacional (Cepad), professor Evenor Jerez, afirmou que a “economia verde” é uma forma de submeter povos mais pobres. Ele frisou que é preciso denunciar o uso de agroquímicos que estão proibidos em países industrializados, como é o caso do Nemagén, amplamente usado na Nicarágua, mas sob outro nome.
 
“É preciso estar alerta diante dos investimentos da monocultura sob o disfarce de geração de empregos, quando, na verdade, causam destruição ambiental de graves consequências”, alertou.
 
Líderes que participaram do encontro de um dia acordaram o fortalecimento das redes solidárias e intercâmbios de experiências para trabalhar na defesa do meio ambiente em conjunto com comunidades, escolas e igrejas.
 
Com informações Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação – ALC
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