ACT e parceiros mostram agilidade na resposta à emergência

Márcia Evangelista

Logo depois das notícias sobre a tragédia que arrasou a região serrana do Rio de Janeiro, a Aliança ACT, através das organizações brasileiras membro – Fundação Luterana de Diaconia (FLD), Coordenadoria Ecumênica de Serviços (CESE), Diaconia, KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço e Christian Aid/Brasil, junto com Ajuda da Igreja da Noruega (AIN), Serviço das Igrejas Evangélicas na Alemanha para o Desenvolvimento (sigla em alemão EED) e Pão para o Mundo (PPM), que também integram ACT – emitiram um alerta de emergência para solicitar ajuda internacional.

Ao mesmo tempo, organizaram o trabalho de campo com parceiros locais, como as comunidades luteranas da Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB) e a Associação de Agricultores Biológicos (ABIO). O trabalho junto aos agricultores é estratégico, tanto pela subsistência dos produtores e da economia dependente da produção rural – que também não escapou do desastre – quanto pela produção de alimentos.

 “Os técnicos da ABIO conhecem bem a região. Eles estão circulando para verificar os estragos e depois construir alternativas junto com os produtores”, disse o diretor executivo de Kononia, Rafael Soares de Oliveira, que está respondendo por ACT nesse momento.

Dez dias após as chuvas mais graves, o quadro segue calamitoso. “Ficou evidente que o Poder Público não tem nenhuma condição de atender situações como essa”, afirmou Oliveira. O exército começou só agora a construir pontes para acessar os lugares isolados. “Deveria ter sido uma das primeiras ações”, disse ele.

Um dos relatos do pastor sinodal do Sínodo Sudeste da IECLB (a Igreja Luterana atende o território nacional por meio de 18 sínodos), Guilherme Lieven, que foi para Nova Friburgo e Petrópolis logo após o desastre, confirma a situação difícil de quem ainda está isolado. “Tivemos notícias de uma das lideranças da Comunidade Luterana de Nova Friburgo por meio de pessoas que conseguiram fugir e chegar à cidade”, contou. “Ele ainda estava esperando resgate. Pediu para avisar que estava bem, e que ficássemos tranquilos.”

Com a lenta chegada nesses locais e com a retirada de toneladas de lama, muitos corpos ainda estão sendo localizados. Pelas estimativas da equipe da ABIO, o número de mortos é muito maior do que está sendo oficialmente divulgado. Os dados publicados no site da Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro, às 22 horas do dia 20, são de 759 vítimas fatais. “A estimativa do nosso pessoal em campo é que esse número dobre, podendo chegar até a 2 mil mortos”, disse Oliveira.

 

O Sínodo Sudeste/IECLB disponibilizou uma conta bancária para doações. Os valores arrecadados serão utilizados na compra de materiais básicos e no atendimento direto às vítimas.

Sínodo Sudeste – IECLB

CNPJ 02511070/0001-30

Banco Itaú

Agência 0057

Conta corrente 48031-1

Os depósitos devem ser informados pelo endereço sinodosudeste@luteranos.com.br

 

Foto: Adélcio Kronbauer

Fonte: FLD Notícias

 

 

 

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