Márcia Evangelista
No último domingo, dia 19 de setembro, pessoas de diversas comunidades de fé ocuparam a orla das praias de Ipanema e Copacabana, no Rio de Janeiro, para pedir o fim da intolerância, do desrespeito ao outro e para afirmar um direito estabelecido na constituição brasileira, o da liberdade de culto. Foi um momento de encontro, festa e manifestação pública, em que os membros das diversas confissões religiosas conviveram de forma harmônica e respeitosa.
Estavam presentes Islâmicos, Ciganos, Hare Krishnas, Candomblecistas, Católicos, Umbandistas, Anglicanos, cristãos de alguns seguimentos como a Igreja Contemporânea, e um pequeno grupo de evangélicos sem denominação informada.
Foi uma caminhada alegre, com a presença de pessoas de diferentes gerações, crianças, jovens, idosos, todos no mesmo intuito de afirmar positivamente sua identidade religiosa. Embalado pelo Olodum Mirim e por discursos de representantes dos diversos seguimentos religiosos, o povo caminhou do Posto 9 ao Leme, gritando para a sociedade “Eu tenho fé!” e, principalmente, exigindo respeito.
A luta contra a intolerância religiosa é uma realidade não apenas no Rio de Janeiro. Na Bahia e em outros estados, várias ações estão sendo encaminhadas. Posicionar-se contra a intolerância religiosa, o racismo, o sexismo, a homofobia, é reafirmar o direito do outro, do diferente. É afirmar a pluralidade que faz do mundo um lugar de diversidades e que agrega a todas e todos.
Por Ana Gualberto, assessora do Programa Egbé Territórios Negros
Fotos: Ana Gualberto