Terreiros e Memória

Manoela Vianna

As multiplicadoras de KOINONIA, Adriana Santos e Rutelene Rita dos Santos ministraram, em Salvador (BA), quatro Oficinas de Direito à Memória nos Terreiros de Candomblé: Kalé Kobum, Viva Deus Bisneto, Tuumba Junçara e Ilê Axé Obá Tony. As atividades, realizadas entre o dia 28 de agosto e 1° de setembro, capacitaram sete pessoas para dar continuidade ao trabalho de organização de acervo de cada Casa.

Andréa Carvalho, bibliotecária de KOINONIA e coordenadora das oficinas, está admirada com o trabalho das multiplicadoras. Segundo Andréa, elas estão fazendo um excelente trabalho, com segurança e autonomia.

As Oficinas de Direito à Memória consistem em transmitir a importância da preservação do acervo acumulado nos Terreiros e em capacitar voluntários de cada casa para o processamento técnico que envolve a organização do patrimônio. Os participantes das oficinas aprendem técnicas de cadastro e armazenamento de livros, revistas, jornais, fotografias, documentos administrativos e materiais digitais (disquetes, cds, dvds, etc.).

Desde 2005, o Núcleo de Documentação de KOINONIA promove junto ao Programa Egbé Territórios Negros essas oficinas voltadas para Terreiros de Candomblé. Dez casas já participaram formando dez voluntários que hoje trabalham nas bibliotecas criadas nos Terreiros.

Nos próximos meses serão organizadas atividades de monitoramento do trabalho desenvolvido nos Terreiros que já receberam as oficinas de capacitação. Além disso, Oficinas de Direitos à Memória também serão realizadas para quilombolas atendidos pelo Programa Egbé Territórios Negros. A primeira acontecerá em Alto da Serra, comunidade localizada em Lídice (RJ).

Saiba mais sobre as Oficinas de Direito à Memória lendo as notícias:

Preservação da história dos terreiros

Terreiros: Direito à memória

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