Oficinas em Terreiros de Candomblé

Manoela Vianna

Cerca de 130 pessoas de comunidades de terreiros de Salvador estão participando de oficinas artísticos-culturais promovidas por KOINONIA em Terreiros de Candomblé.

As oficinas iniciadas na segunda semana de abril fazem parte do projeto “Capacitação e apoio ao desenvolvimento de Comunidades Negras Tradicionais no Brasil”. Na ocasião de abertura dos cursos foi destacada a importância dessa iniciativa para que não se percam as tradições do candomblé.

Foram formadas cinco turmas de cerca de 25 alunos, entre mulheres e homens, de diferentes idades, para oficinas de corte e costura, bordado e culinária. As oficinas têm duração de aproximadamente dois meses. Os instrutores foram escolhidos pelas ialorixás dos terreiros participantes.

As comunidades de Terreiros da Casa Branca e do Ilê Axé Obá Toni estão participando da oficina de corte e costura realizada no Terreiro da Casa Branca, localizado em Engenho Velho. No Terreiro de São Roque, no bairro do Beirú, está acontecendo uma oficina de bordado. No terreiro Ilê Axé Omin Funkó, localizado em Valéria, está sendo promovida uma oficina de culinária afrobaiana. A culinária afrobaiana e dos orixás também é o tema da oficina realizada no terreiro Ilê Axé Abassá de Ogum, no bairro de Itapuã.

As aulas começaram em quatro Terreiros de Candomblé, mas oficinas relacionadas a outros temas como artes decorativas, toque de atabaque e cabeleireiro, serão promovidas utilizando espaços de 15 terreiros.  Segundo os organizadores, cada casa tem a responsabilidade de reunir alunos de mais três outros terreiros.  Assim, a partir de 15 terreiros as oficinas atenderão comunidade de 60 terreiros. 

A intenção, de acordo com integrantes do Programa Egbé Territórios Negros, responsável pelo projeto, é criar um intercâmbio entre terreiros e comunidades onde eles estão inseridos.

O projeto “Capacitação e apoio ao desenvolvimento de Comunidades Negras Tradicionais no Brasil” do qual essas oficinas fazem parte é promovido por KOINONIA e financiado principalmente pela União Européia. O projeto tem como público alvo 15 Terreiros de Candomblé e quatro comunidades negras  litorâneas, localizadas nos municípios de  Itacaré, Cairú e Nilo Peçanha.

Saiba mais sobre o projeto “Capacitação e apoio ao desenvolvimento de Comunidades Negras Tradicionais no Brasil” lendo a notícia:KOINONIA e União Européia

            

 

 

 

 

 

 

 

 

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