Em São Paulo*, um grupo de religiosas de diversos grupos/ organizações estiveram unidas na Av. Paulista e marcharam juntas para reafirmar direitos, denunciar abusos e exigir justiça de gênero.
Debate “Eu lutarei até o fim da violência contra a mulher”
KOINONIA esteve presente ao lado de companheiras de diversas tradições religiosas e grupos como a Rede Ecumênica da Juventude (Reju São Paulo), Evangélicas pela Igualdade de Gênero, Frente de Evangélicos pelo Estado de Direito, Frente Evangélica pela Legalização do Aborto, Católicas Direito de Decidir. Este não foi apenas um movimento aqui no Brasil, e é possível conferir os outros movimentos na página de Facebook e Instagram da Alc Noticias.
“Somos mulheres de fé, temos fé nas mulheres e numa espiritualidade que não nos oprime, muito pelo contrário, nos liberta pra sermos quem somos. Seguimos. Mulheres. Com fé. Na fé. Féministas.”, conta Natália Blanco , comunicadora de KOINONIA presente no grupo.
Na mesma noite, o debate puxado pelo Exército de Salvação reuniu cerca de 50 pessoas, de diferentes tradições religiosas e instituições na última sexta-feira, 8 de março. A mesa foi composta Ester Lisboa Assessora de KOINONIA, representando o projeto da Rede Religiosa de Proteção à Mulher Vítima de Violência; a vereadora de SP Patrícia Bezerra; e o teólogo e professor Gedeon Freire de Alencar.
Para Ester Lisboa, “Falar sobre feminicídio, com mulheres e homens nos espaços religiosos é acreditar nas possibilidades de mudanças. É possível colocar a sua fé em prática, a serviço do outro. A violência contra a mulher é uma atitude aprovada culturalmente e religiosamente aceita. A cada duas horas uma mulher morre, por violência domestica, no Brasil. A desigualdade, entre homens e mulheres é estrutural, ou seja, social, histórica e culturalmente a sociedade designa às mulheres, um lugar de submissão e menor poder em relação aos homens. Qualquer outro fator – o desemprego, o alcoolismo, o ciúme, o comportamento da mulher, seu jeito de vestir ou exercer sua sexualidade – não são causas, mas justificativas socialmente aceitas para que as mulheres continuem a sofrer violência.
Neste ano, especificamente em abril, KOINONIA celebra 25 anos de existência. Anos de muita luta por direitos, desafios e também de alegrias. Conheça KOINONIA.