Carolina Maciel
Uma série de ameaças de morte proferidas contra defensores de direitos humanos na Colômbia causaram "grande preocupação" ao Conselho Mundial de Igrejas (CMI). Uma carta do CMI enviada ao presidente colombiano, Juan Manuel Santos, pede que o governo “tome todas as medidas necessárias para proteger a integridade física e a vida dos defensores de direitos humanos”.
A carta é uma reação às ameaças feitas contra treze defensores de direitos humanos, segundo comunicado do Movimento Nacional de Vítimas de Crimes de Estado, em 4 de Julho.
Entre as pessoas ameaçadas, está a Dra. Lilia Solano, renomada defensora de direitos humanos e com amplo envolvimento com o movimento ecumênico naquele país. Solano é diretora do Projeto Justiça e Vida e ex-titular da Cátedra Camilo Restrepo Torres, na Faculdade de Direito e Ciências Políticas e Sociais da Universidade Nacional da Colômbia.
Além de serem constantemente classificados como "guerrilha", os defensores de direitos humanos também são alvos dos militares, que tem instruções claras para eliminá-los.
"Estas sérias ameaças ao trabalho dos defensores de direitos humanos na Colômbia cria um clima generalizado de medo", afirmou o Dr Rogate Mshana, em carta ao presidente colombiano. Mshana é vice-secretário geral do CMI para a área de testemunho público e diaconia.
A carta assinada por Mshana pede que o governo colombiano realize uma investigação independente e imparcial sobre os autores de tais ameaças. O texto destaca que o governo deve tomar todas as medidas necessárias para assegurar que a Profa. Lilia Solano e todos os outros defensores de direitos humanos posam continuar seu trabalho em defesa da dignidade humana, sem perigo e estigmatização.
Leia a íntegra da carta do CMI ao presidente colombiano
Programa do CMI sobre Direitos Humanos