Márcia Evangelista
Trata-se de três rodas de diálogo sobre as contribuições ecumênicas para o desenvolvimento transformador e a promoção dos direitos humanos. São registros de ações sociais transformadoras em diferentes áreas. No campo das novas visões de direitos humanos temos as experiências camponesas, em especial o universo camponês sertanejo e um de seus atores históricos mais relevantes, o Pólo Sindical das Trabalhadoras e Trabalhadores Rurais do Submédio São Francisco. Outro campo inovador na sociedade brasileira é o da conquista dos direitos dos remanescentes de quilombos, dos quais trazemos informações sobre as tensões mais recentes. Ainda nesta seara temos as ações em favor dos direitos da juventude, e de como aninhamos uma rede ecumênica da juventude em favor dos direitos juvenis.
Um outro campo é o das ações sociais para a superação das intolerâncias. Uma experiência fundamental, a partir da realidade brasileira, é o da afirmação dos direitos e do papel protagonista, como agente de desenvolvimento local, das comunidades religiosas de matriz africana. Neste sentido, apresentamos uma reflexão realizada por uma Yalorixá sobre a questão da intolerância religiosa e seus efeitos sociais. Outra questão, que pode ser até mesmo um entrave ao desenvolvimento transformador, é a intolerância existente nas Igrejas cristãs quanto às pessoas HIV positivas. Sobre este tema apresentamos a reflexão de uma multiplicadora do programa Saúde e Direitos, de KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço, de origem pentecostal, e que traz questões relevantes sobre o tema. Finalmente, neste mesmo campo semântico, temos a reflexão sobre o paradigma cooperativo nas relações ecumênicas nacionais, como um caminho para fortalecimento das lutas contra todas as intolerâncias, a partir da experiência do FE Brasil – Fórum Ecumênico do Brasil.
Finalmente, não poderíamos fazer uma reflexão sobre os processos de promoção dos direitos humanos e do desenvolvimento transformador, a partir de nosso carisma ecumênico, sem refletir sobre a cooperação ecumênica. Isto é feito a partir de duas contribuições muito significativas: os olhares de Christian AID e da Cese – Coordenadoria Ecumênica de Serviços, sobre este papel mobilizador que organismos ecumênicos podem e devem ter.
O livro traz ainda uma cronologia dos 15 anos de atividades de KOINONIA Presença Ecumênica e Serviço.
Com a publicação deste livro, KOINONIA quer compartilhar e demonstrar que é possível sonhar e agir para novos mundos possíveis, novas configurações da sociedade brasileira possíveis, novas configurações das relações sociais, de produção e com o meio ambiente. Os cinco atuais programas de KOINONIA têm esse carisma: Ecumenismo, Diálogo e Formação; Egbé – Territórios Negros; Saúde e Direitos; Trabalhadores Rurais e Direitos e Redes Ecumênicas e da Sociedade Civil.
Esperamos, também por meio dessa publicação, contribuir para o debate público em favor da promoção do desenvolvimento transformador e dos direitos humanos.
O livro foi organizado por Jorge Atílio Iulianelli e está disponível para download na área de publicações do site de KOINONIA.
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Mais informações pelo e-mail: comunica@koinonia.org.br