KOINONIA participa do 1º Seminário Internacional em Patrimônio e Clima, em Salvador

No dia 6 de novembro de 2025, KOINONIA participou do 1º Seminário Internacional em Patrimônio e Clima: O Que Fica Quando o Mundo Muda?, realizado na Faculdade de Arquitetura da UFBA, em Salvador.

O encontro marcou o encerramento de uma série de atividades que compuseram o evento. Nos dias anteriores, foram realizadas oficinas e encontros preparatórios voltados à reflexão sobre os impactos das mudanças climáticas nos terreiros de candomblé e nos territórios tradicionais afrodiáspóricos.

Promovido pelo projeto Preservando Legados: Terreiros de Candomblé da Bahia, em parceria com o ICOMOS, National Geographic Society, Climate Heritage Network, IPHAN-BA e EtniCidades (FAUFBA), o seminário reuniu lideranças de terreiros, pesquisadores e organizações nacionais e internacionais para discutir justiça climática, patrimônio cultural e a permanência desses territórios diante das transformações ambientais.

KOINONIA integrou a programação do dia 6 com uma participação especial na mesa “Tecendo o Mapa do Axé”, que abordou o papel das redes ecumênicas e inter-religiosas na defesa dos direitos territoriais e no enfrentamento ao racismo ambiental.

A diretora de KOINONIA, Ana Gualberto, ressaltou em sua fala a importância do papel social e ambiental dos terreiros de candomblé, desafiando visões que tratam a cidade como patrimônio africano sem considerar as realidades atuais das comunidades.

“Eu estou chamando a atenção para isso, para que a gente entenda que o espaço de terreiro de candomblé é um espaço de promoção de todos os direitos e cuidados. Inclusive da educação para o cuidado com o nosso clima. Inclusive para pensar alternativas de como lidar com aqueles espaços aos quais a comunidade está acostumada a cair. Não fomos nós que criamos toda essa especulação imobiliária que foi espremendo os terreiros e obrigando a nossa saída da cidade de Salvador.”

A presença de KOINONIA no seminário reforçou o compromisso da organização com a justiça socioambiental e com o fortalecimento das vozes quilombolas e de matriz africana na construção de soluções coletivas frente à crise climática global.

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