O gari Genilson Santos de Araújo, de 40 anos, que trabalhava para a empresa Valor Ambiental em Brasília (DF), venceu na Justiça um processo por racismo religioso após sofrer discriminação no ambiente de trabalho por ser adepto da Umbanda. Durante sua rotina, Genilson usava guias, colares e esmalte nas unhas, símbolos de sua fé, que constantemente eram alvo de piadas e comentários ofensivos. Um supervisor chegou a afirmar em público: “você sabe que a religião de macumba é errada. Se Jesus voltar hoje, você vai pro inferno direto”.
Além das ofensas religiosas, Genilson foi submetido a condições severas de trabalho em um lixão improvisado, com risco máximo de contaminação, mas sem receber o adicional de insalubridade devido. Após reclamar das agressões e do tratamento discriminatório, passou a sofrer retaliações, foi isolado por colegas e acabou demitido sem justificativas coerentes.
Em segunda instância, a Justiça do Trabalho reconheceu a prática de racismo religioso e condenou a empresa ao pagamento de seis salários mais R$ 15 mil em indenização por danos morais. O caso evidencia a persistência da intolerância contra religiões de matriz africana e reforça a importância do combate ao preconceito no ambiente de trabalho.
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📌 Fonte: ICL Notícias / Agência Pública – 07/09/2025