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Jovens quilombolas apresentam experiências do projeto “Quilombolas: Agentes de Ação pelo Clima” durante reunião do CIACOQ, na Bahia

No dia 20 de junho, a Comunidade Quilombola de São Raimundo, em Maraú (BA), sediou a Assembleia Geral do CIACOQ, encontro que contou com a participação de jovens envolvidas no projeto “Quilombolas: Agentes de Ação pelo Clima”, promovido por KOINONIA com apoio do iCS. Na ocasião, as agentes compartilharam experiências sobre atuação em justiça climática e fortalecimento territorial. A presença das juventudes nestes espaços reafirma a importância de integrar ancestralidade e protagonismo jovem nas lutas quilombolas. O projeto visa capacitar lideranças para incidência política e visibilidade do papel quilombola na preservação ambiental.

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Conferência Municipal da Igualdade Racial em Camamu (BA) reúne comunidade para debater avanços e desafios na luta por equidade racial

No dia 30 de março de 2025, a cidade de Camamu, na Bahia, sediou a Conferência Municipal da Igualdade Racial, realizada no Quiepe Esporte Clube. Com o tema “Avanços, desafios e construção coletiva por uma Camamu mais igualitária”, o evento contou com a participação de representantes de diversas comunidades negras rurais e tradicionais de pescadores, com o intuito de reforçar o compromisso local com a promoção da equidade racial e valorização da identidade do povo negro da região.

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KOINONIA participa do V Encontro Nacional de Mulheres de Axé da RENAFRO 2025

O evento reuniu lideranças femininas dos povos de terreiro de todo o Brasil em um espaço de articulação, resistência e fortalecimento político. Sob o tema “O matriarcado na luta pela democracia, pelos direitos sociais e justiça climática”, o evento reafirmou o protagonismo das mulheres de axé como guardiãs de saberes ancestrais e agentes fundamentais na construção de um país mais justo e plural.

João Raposo, Rede Câmara

Cristofobia, a fake news do fundamentalismo cristão

No artigo, Rafael Soares aborda como a narrativa de perseguição religiosa contra cristãos, conhecida como “cristofobia”, tem sido utilizada por setores fundamentalistas como uma ferramenta para promover agendas regressivas. O Secretário de Planejamento e Cooperação explica que, embora o Brasil não apresente evidências significativas de perseguições aos cristãos, a propagação de fake news e distorções da realidade alimenta uma cultura de intolerância religiosa, especialmente contra religiões de matriz africana. Ele também aponta como essa falsa ideia de cristofobia é usada para justificar o ataque a movimentos sociais, como os de mulheres e LGBTQIAPN+, além de reforçar políticas de exclusão e discriminação.

Não é de hoje que a ciência é utilizada para desqualificar os saberes ancestrais dos povos não brancos. Não é de hoje que negam nossos direitos alegando cumprimento de leis e a utópica igualdade entre todas as pessoas.

Saberes ancestrais: dois pesos e duas medidas

Ana Gualberto, diretora executiva de KOINONIA, escreve sobre a revogação pela Prefeitura da Resolução Conjunta das secretarias de Meio Ambiente e Clima e de Saúde do Rio de Janeiro que reconheceu as tradições de origem e influência africana como práticas integrativas complementares ao SUS na cidade. A alegação para tal revogação foi o entendimento de que a saúde pública é realizada com base na ciência e no princípio do Estado Laico. Porém, por que as práticas dos povos de matriz africana são excluídas se também são saberes milenares como outras práticas já adotadas pelo SUS? A discussão versa sobre o racismo enraizado na sociedade e no Estado brasileiros.