Nos dias 20 e 21 de agosto, Salvador sediou a quinta edição da Jornada do Patrimônio Cultural, organizada pela Fundação Gregório de Mattos (FGM).
Por Josy Azeviche
Em formato itinerante, o evento percorreu locais emblemáticos da cidade, promovendo a valorização do patrimônio cultural material e imaterial.
Itinerância e Patrimônios Visitados
A jornada visitou dois importantes patrimônios culturais de Salvador: o terreiro Hunkpame Savalu Vodun Zo Kwe, no Curuzu, primeiro tombado pela FGM em 2014, e a Colônia de Pesca Z1, no Rio Vermelho, conhecida por organizar a tradicional entrega do presente a Iemanjá, reconhecida como Patrimônio Imaterial em 2020.
Debates e Reflexões: Fé, Festa e Outras Frestas
Com o tema “Legado Afro-Soteropolitano: Fé, Festa e Outras Frestas”, o evento promoveu debates, reflexões, vivências e manifestações culturais, celebrando a riqueza da cultura afro-brasileira. As mesas de discussão contaram com a presença de representantes de diversas entidades e especialistas que atuam na preservação desses patrimônios. Entre eles estavam o Doté Amilton – Sacerdote do Vodún Zo, Leonel Monteiro (presidente da Afas), e outros renomados acadêmicos e ativistas.
Atividades Culturais e Oficinas
Além das mesas redondas, a programação incluiu oficinas de canto, confecção de tarrafa de mosquiteiro e rede de pesca, e apresentações culturais como o Grupo Aprendizes de Capoeira e o Grupo Samba de Marujo. Essas atividades proporcionaram uma imersão nas tradições locais, reforçando a importância da preservação cultural.
A Importância de Políticas Públicas para a Preservação Cultural
Ana Gualberto, Diretora Executiva de KOINONIA, destacou em sua fala que a jornada vai além da celebração; é um compromisso com a proposta de reflexões que se traduzam em políticas públicas duradouras para garantir a preservação dos patrimônios históricos culturais, materiais e imateriais em nossa cidade. “Essa jornada tem o compromisso de propor reflexões que perpassem gestões, mas que se tornem de fato políticas públicas para a garantia da continuidade de preservação e tombamento dos patrimônios históricos culturais, materiais e imateriais da nossa cultura, que é carregada de ancestralidade e resistência”, afirmou.
Um Marco para a Preservação Cultural em Salvador
A V Jornada do Patrimônio Cultural não apenas celebrou a diversidade cultural de Salvador, mas também marcaram os 10 anos da Lei nº 8.550/2014, que estabelece normas para a proteção e estímulo à preservação do patrimônio cultural do município. Esta lei é um pilar essencial para a salvaguarda do rico legado cultural da cidade, garantindo que as próximas gerações possam continuar a celebrar e vivenciar essas tradições.
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