Pela manhã, o acolhimento já começou com muita troca de ideias e informações, na casa de um dos responsáveis pelo projeto “Nós por aí”, Miguel Gonzaga. Na ocasião, em clima descontraído, os participantes falaram dos desafios e avanços das iniciativas diante dos diferentes contextos locais. Após o almoço todos rumaram para a Estação, uma comunidade próxima que tem sofrido com a desigualdade, a violência e o abandono do poder público. O intercâmbio contou com a participação de cerca de 80 crianças e jovens de Salvador e, principalmente, de Conceição do Almeida (BA).
Ali, numa creche cujo pátio foi ocupado por famílias – a maioria chefiada por mães solteiras -, houve apresentação do grupo de dança do terreiro Unzó Maiala, oficina de turbantes e uma exibição artística do Grupo Equilíbrio. O terreiro Torrun Gunan, parceiro na ação, além de ter trazido o Equilíbrio, fez uma oficina de pintura com crianças, monitorando também outras atividades conjuntas. O dia ainda teve apresentações de atrações locais, como o grupo percussivo Quilombo, formado por meninos da Estação.
A ideia do intercâmbio cultural surgiu após a participação de Mônica Santos, articuladora do terreiro Unzó Maiala no projeto Axé com Arte, de Koinonia, em uma oficina de turbantes no “Nós por Aí”, realizada pelo Movimento Ôplas de Conceição do Almeida.
Idealizado pelo Movimento Ôpalas de Conceição do Almeida, o Projeto “Nós por aí” consiste em intervenções culturais que acontecem nos espaços comuns das periferias da cidade. A ideia é estimular e promover nesses locais ocupações de música, dança, artes visuais e o que mais vier.