Carolina Maciel
No mês de abril, foi realizada a primeira etapa do Curso de Formação de Agentes Culturais no Terreiro da Casa Branca, localizado no bairro Vasco da Gama, como também, as atividades aconteceram no Terreiro de São Roque, situado em Beiru. A proposta do curso é a de produzir com a juventude projetos e ações de intervenção cultural por meio de recursos próprios nos seus bairros de origem. O curso é realizado em três etapas, sendo o último, um momento de intercâmbio com os outros polos participantes do projeto que estão em Paulo Afonso/BA e Delmiro Gouveia/AL, o que favorece os processos de comunicação e interação.
O processo formativo conta com a discussão sobre a história do bairro, para tratar e entender o contexto em que o Terreiro está inserido. É comum nesse momento se deparar com a gritante situação em que esses jovens estão inseridos. Casos de violência; de desrespeito; de agressão; falta de espaços para o lazer; presença do tráfico de drogas nas comunidades – controle territorial por parte dos traficantes; problemas com o lixo nas comunidades e o desrespeito religioso. Todos esses problemas interferem de alguma forma o modo de viver da juventude.
Mesmo falando de bairros diferentes, a atual situação em que eles convivem é bem parecida. É baseado nessa realidade que os/as jovens são impulsionados/as a pensar pelo seu bairro. Os/as jovens reunidos/as no Terreiro da Casa Branca propuseram realizar uma gincana, durante a Feira de Lazer, para discutir a necessidade de espaços de lazer e ações para a superação da intolerância religiosa. Uma forma de entreter com responsabilidade. Utilizariam uma forma dinâmica para discutir sobre essas problemáticas.
Com os/as jovens do Terreiro do São Roque, apesar da reunião ser em outro momento, a ideia se originou com o mesmo intuito. Para o bairro do Beiru foi pensado realizar a Primeira Feira de Juventude. Com o oferecimento dos serviços pela garantia dos direitos humanos, atividades de lazer, ações de mobilização e conscientização para a coleta de lixo e separação de lixo seco do úmido.
A etapa agora é amadurecer as propostas e estudar os instrumentos que serão utilizados no planejamento e organização das atividades. Ambos os núcleos saíram com um cronograma de ações para realizar até a próxima etapa. Prevista para acontecer nos dias 21 e 22 de julho com a junção dos dois grupos, no Terreiro de São Roque.
Além dessa data, teremos até dia 8 de maio para enviar questões para diagnóstico participativo. Já no dia 11, teremos uma conversa com Beto Rocha (Vintém de Prata) e Daniela Feliciano (Abassá de Ogum) sobre os textos sobre o diagnóstico participativo, direitos humanos e direitos de juventude no Terreiro da Casa Branca. No Terreiro de São Roque a ideia é reunião no dia 20 de maio para o estudo dos instrumentos e dos mesmos textos.
No dia 18 de maios às 19h está agendada uma reunião virtual entre os participantes dos grupos com o coordenador do projeto, Jorge Atílio. Entre 18 de maio e 19 de junho, será realizada a aplicação do questionário de diagnóstico participativo na comunidade da Casa Branca. Para o grupo do Terreiro de São Roque a data ficou de ser confirmada no dia do estudo. Outro prazo estipulado está entre 07 a 19 de maio para a articulação com outros grupos residentes no bairro do Beiru para se integrarem ao processo.
Com informações Fafá Araújo, colaborador de KOINONIA em Salvador