KOINONIA participa de mesa sobre saúde e populações quilombolas no V Encontro Afrocristão

Carolina Maciel

 

A 5ª edição do Encontro Afrocristão, realizada entre os dias 13 e 15 de abril é um evento anual do Ministério de Ações Afirmativas Afrodescendentes da 3ª Região Eclesiástica da Igreja Metodista, com apoio da Coordenadoria de Extensão e Inclusão da Universidade Metodista de São Paulo e contou com a participação de KOINONIA – Presença Ecumênica e Serviço.
 
Nessa edição, o encontro possibilitou a troca de experiências entre representantes do poder público, de entidades representativas de quilombolas, da igreja metodista e organizações de apoio aos direitos quilombolas. Guiados pelo tema Saúde, os palestrantes socializaram experiências práticas e reflexões teóricas sobre a condição e as vias de melhoria da saúde nas comunidades.
 
Compuseram a mesa Vânia Guerra (Quilombo Ilha da Marambaia/ARQUIMAR), MauraRosa de Paula Paz (ITESP/SDJC), Profº Dr. Paulo Ayres Mattos (bispo emérito da Igreja Metodista), Oriel Rodrigues (Quilombo de Ivaporunduva/CONAQ) e Antonio Carvalho Costa (Mestre em História e colaborador de KOINONIA). A mediação da mesa ficou sob responsabilidade de Diná da Silva Branchini, do Ministério de Ações Afirmativas Afrodescendentes da Igreja Metodista do Brasil.
 
A fala de KOINONIA orientou-se em apresentar as linhas mestras de sua atuação por meio do Programa Egbé Territórios Negros e do Observatório Quilombola [OQ] na promoção do empoderamento dos territórios negros, através de ações educativas, disseminação de informações e fortalecimento de alternativas produtivas em comunidades quilombolas no Estado do Rio de Janeiro e Bahia.
 
Uma das falas mais marcantes foi a de Oriel Rodrigues (Quilombo de Ivaporunduva/CONAQ) que discorreu sobre do direito das comunidades quilombolas em âmbito nacional e a ameaça iminente da Ação Direta de Inconstitucionalidade n.º 3239 que deve ser votada no próximo dia 18 de abril no Supremo Tribunal Federal. A ADI 3239 foi ajuizada pelo então PFL, hoje DEM, buscando provar a inconstitucionalidade do Decreto Federal 4887/03, um dos principais veículos que tem conduzido a execução de políticas públicas e reconhecimento das comunidades quilombolas. Oriel se ocupou de instrumentalizar os participantes de informações para o embate no campo das ideias para garantia dos direitos quilombolas assegurados pela Carta Magna e por tratados internacionais, mas que sofre com os interesses partidários do DEM.
 
 
Acompanhe e se manifeste. Assine a petição pública contra a ADI 3239:
 
 
 
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Com informações Antonio Carvalho Costa, mestre em história e colaborador de KOINONIA

 

 
 
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