Igrejas apoiam reivindicação de camponeses e indígenas por terras

Carolina Maciel

O Conselho Ecumênico Cristão apresentou apoio público às famílias de camponeses e indígenas q´eqchi´s de 14 comunidades do Vale do Polochic, que foram expulsas de suas terras há um ano para dar lugar à construção de hidrelétricas e a projetos de exploração mineral, petrolífera e de monoculturas.

No período da Quaresma, representantes dessas famílias marcharam 214 Km de Cobán até a Cidade da Guatemala para exigir respeito aos seus territórios ancestrais. Há um ano, elas vêm sofrendo ameaças e perseguição.
 
As igrejas vinculadas ao Conselho Ecumênico mostram-se preocupadas com a injusta distribuição da riqueza. Na atualidade, 80% da população rural são pobres, num país onde 80% da terra cultivável estão em mãos de 4% de proprietários.
 
“A defesa do território e a luta comunitária encontra total justificativa contra a imposição de projetos mineiros e da indústria extrativista em geral, quando as comunidades indígenas e camponesas têm um estreito vínculo entre sua subsistência e os recursos ou bens naturais de seus territórios”, argumentam as igrejas.
 
O Conselho Ecumênico pede que as autoridades, encarregadas de zelar pelos bens naturais do país, sejam coerentes com os seus mandatos. “Como igrejas insistimos no fortalecimento do investimento social, e que escutem as demandas da população na aprovação de leis em benefício dos povos e comunidades empobrecidas”, reivindicam.
 
Integram o Conselho as igrejas Episcopal, Luterana, Reformada, Evangélica San Juan Apóstolo, a Comissão de Ecumenismo da Conferência Episcopal e a Conferência de Religiosos.
 
 
Com informações Agência Latino-Americana e Caribenha de Comunicação
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