Carolina Maciel
Diante de recentes publicações na mídia, o Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 vem a público pronunciar-se sobre a negociação do local de realização da Cúpula dos Povos.
O Comitê reafirma a unidade da sociedade civil na organização da Cúpula. Os princípios do Comitê residem, acima de tudo, na integração em meio à diversidade das entidades que o compõem.
Há oito meses, o Comitê negocia com o governo municipal, governo federal e com o Comitê Nacional de Organização da Rio+20 (CNO) o espaço de realização da Cúpula: o Aterro do Flamengo, na Zona Sul do Rio de Janeiro.
Além de aproximar a Cúpula dos Povos da sociedade civil como um todo, pretende-se resgatar no Aterro do Flamengo um momento histórico: há vinte anos, o espaço foi palco de intensos debates durante o Fórum Global, na Rio 92.
Participarão da Cúpula dos Povos representantes de movimentos socioambientais do Brasil e do mundo. Frente às dificuldades de acomodação na cidade do Rio de Janeiro, o Comitê também vem negociando com o governo e com o CNO a montagem de acampamentos e alojamentos alternativos.
As prioridades do Comitê são preservar e valorizar o patrimônio público, bem como garantir a integridade do evento, mantendo acomodações e atividades em áreas próximas, no entorno do Aterro do Flamengo.
O Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20 é um grupo plural, formado por entidades da sociedade civil global. Dentro do Comitê, o Grupo de Articulação – responsável pelas decisões e direcionamentos políticos relativos à Cúpula dos Povos – reúne as seguintes redes e coletivos:
- Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB);
- Articulação de Organizações de Mulheres Negras Brasileiras (AMNB);
- Articulação do Semi-Árido (ASA);
- Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB);
- Associação Brasileira de Organizações Não-Governamentais (Abong);
- Central Única dos Trabalhadores do Brasil (CUT);
- Comissão Brasileira Justiça e Paz da CNBB (CBJP);
- Comitê Intertribal (ITC) – Kari Oca II;
- Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag);
- Conselho Nacional de Mulheres Indígenas;
- Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq);
- Coordenação Nacional de Entidades Negras (Conen);
- Fórum Brasileiro de Economia Solidária (FBES);
- Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento (FBOMS);
- Fórum Ecumênico ACT Brasil (Act Alliance e Portal Ecumênico);
- Fórum Nacional da Reforma Urbana (FNRU);
- Forum Nacional de Entidades Civis de Defesa do ConsumidorInstituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (FNECDC);
- Frente Nacional em Defesa dos Territórios Quilombolas (FNDTQ);
- Greenpeace Brasil;
- Grupo de Reflexão e Apoio ao Processo do Fórum Social Mundial (Grap);
- Grupo de Trabalho Amazônico (GTA);
- Jubileu Sul;
- Marcha Mundial de Mulheres;
- Movimento Xingu Vivo para Sempre (MXVPS);
- Plataforma Brasileira de Direitos Humanos Econômicos, Sociais, Culturais e Ambientais (Dhesca);
- Rede Brasil sobre Instituições Financeiras Multilaterais (Rede Brasil);
- Rede Brasileira de Educação Ambiental (Rebea);
- Rede Brasileira pela Integração dos Povos (Rebrip);
- Rede Cerrado;
- Rede da Juventude pelo Meio Ambiente e Sustentabilidade (Rejuma);
- Rede de ONGs da Mata Atlântica (RMA);
- Serviço Franciscano de Solidariedade (Serfas);
- União Nacional dos Estudantes (UNE);
- Via Campesina (VC).
Rio de Janeiro, 14 de março de 2012
Comitê Facilitador da Sociedade Civil Brasileira para a Rio+20
Cúpula dos Povos na Rio+20 por Justiça Social e Ambiental, contra a mercantilização da vida e em defesa dos bens comuns
Com informações Cúpula dos Povos