Participem da VIII Marcha da Consciência Negra em São Paulo

Carolina Maciel

No dia 20 de novembro participe da nossa marcha, a VIII Marcha da CONSCIÊNCIA NEGRA. Concentração às 10hs no Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo.

No ano de 2003 o Movimento Negro conquista a Marcha da Consciência Negra na cidade de São Paulo, que conta com a participação de praticamente todas as organizações negras, nacionais e locais e de todos os setores da sociedade dispostos a continuar lutando e fortalecendo o movimento por mudanças, por um Brasil sem racismo e livre das formas de preconceitos, seja ele: machismo, homofobia, intolerância religiosa, racismo ou qualquer forma de discriminação.

O Movimento Negro, ao longo de sua trajetória de luta, conseguiu pautar alguns avanços voltados à população negra como: aprovação do Estatuto da Igualdade Racial, o sistema de ingresso de estudantes negros em algumas universidades públicas estaduais e federais por meio de políticas afirmativas e da Lei 10.639/03, que institui no ensino básico a obrigatoriedade do ensino da História da África e dos africanos.

Mesmo diante dessas leis, o racismo tem atingido a população negra em todos os aspectos de nossas vidas, as desigualdades sociais e raciais são visíveis e as condições de vida no qual estamos inseridos ainda são muito precárias.

Desta forma, dando prosseguimento à luta negra no combate ao racismo, neste ano de 2011 iremos realizar mais uma edição da Marcha da Consciência Negra que trás em seu tema central o genocídio da juventude negra que é praticado cotidianamente pelo estado, estamos nos posicionando contra este genocídio e pedindo um fim.

Historicamente a juventude negra vem sofrendo as consequências de um Estado que exerce determinadas ações que se configuram em práticas genocidas. Entendemos o genocídio da juventude negra como um conjunto de violações intercaladas que resultem em crescente número de mortes por ação ou omissão do Estado como: violência policial, racismo institucional, encarceramento em massa, violência contra a mulher negra e jovem etc.

Tudo isso combinados com ausência de políticas sociais que mantêm esta população totalmente à margem dos bens culturais e materiais que possibilitem à manutenção de uma vida digna. Desta forma restando apenas o desemprego, as drogas, a prisão, a fome, enfim, a expressão da manutenção da miséria social.

A população negra no Estado de São Paulo:

No dia 11 de Maio de 1984, pelo decreto-lei 22184, do então Governador André Franco Montoro, foi criado o Conselho de Participação e Desenvolvimento da Comunidade Negra do Estado de São Paulo, que inaugurou o reconhecimento oficial do Estado brasileiro, da existência do racismo em nosso país.

A partir daí, sucessivos governos praticamente nada tem realizado para inibir ou limitar as desigualdades sócio raciais no Estado de São Paulo.
Durante todos esses anos a qualidade de vida da população negra e pobre tem piorado. As politicas sociais desenvolvidas em outros Estados e pelo Governo Federal não encontram eco e não conseguimos visualizar nenhum programa para a promoção da igualdade racial sendo executado no Estado de São Paulo.

Diante disso, o Conselho da Comunidade Negra tornou-se uma estrutura simbólica, passando ao longo dos anos por um progressivo processo de esvaziamento político.

No atual governo do Estado de São Paulo, o de Geraldo Alckmin, foi criada em 2009 a Coordenação de Políticas para a População Negra e Indígena, no interior da Secretaria da Justiça e da Defesa da Cidadania, com a atribuição de defender os direitos da população negra, indígena e quilombolas, mas o que notamos é que a mesma não tem poder e recursos orçamentários, materiais e humanos para executar as tímidas propostas de seus dirigentes.

O governo, desta forma, não implementa nas suas diversas secretarias, as políticas de combate ao racismo e de promoção da igualdade racial, expressando o retrocesso e o conservadorismo que emanam dessas elites que há muitos anos nos governam e tentam manter a qualquer custo seus privilégios.

Temos como exemplo disso, a Universidade de São Paulo, USP, que insiste em não aderir às políticas de cotas, os ataques contra o decreto 4487 que regula a Titulação dos Territórios quilombolas e a regularização das terras quilombolas no Estado de São Paulo e outros casos de racismo recorrentes no Estado e na cidade de São Paulo, em estabelecimentos bancários, comerciais e públicos, onde negros são submetidos à atitudes racistas e tratamentos desumanos e vexatórios.

O fortalecimento das nossas lutas:

No entanto, vemos que existe uma herança do trato escravocrata, o Estado e suas políticas de segurança pública mantêm uma atuação coercitiva, preconceituosa e violenta dirigida a população negra. Desrespeito, agressões, espancamentos, torturas e assassinatos são práticas comuns destas instituições. Situações comuns nos mais de 350 anos de escravidão e comuns na pós-abolição. Comuns também nos períodos de ditaduras. Comuns em nossos dias.

Esta situação reafirma a urgência do fortalecimento das nossas lutas.

NOSSAS BANDEIRAS DE LUTAS:

Contra o genocídio da juventude negra;

Pelo fim do "Registro de resistência seguida de morte" ou "Auto de resistência" para as execuções sumárias;

Tipificação dos casos de violência policial que resultem ou não em mortes, como crimes de torturas, conforme a lei 9455/97;

Instituição de uma CPI das Polícias de São Paulo, que vise desmantelar as milícias, apurar denúncias/crimes e punir responsáveis;

Combate ao racismo, à discriminação, preconceito, homofobia e machismo;

Pelo fim da violência doméstica e outras formas de violência direcionadas à mulher negra;Garantia dos direitos das trabalhadoras domésticas, em sua maioria mulheres negras;

Por reparações históricas para a população negra brasileira;

Pela manutenção do Decreto 4487, que regula a titulação dos territórios quilombolas em âmbito nacional e a regularização das terras quilombolas no Estado de São Paulo;

Pelo fim da criminalização dos movimentos sociais;

10% do Produto Interno Bruto (PIB) destinados ao orçamento para a educação;

Implementação da lei 10639/03, que torna obrigatório o ensino da história e cultura africana e afro-brasileira em nossas escolas;

Cotas nas universidades públicas do Estado de São Paulo;

Combate às manifestações racistas, preconceitos e visões estereotipadas da população negra nos meios de comunicação;

Pelo fim do trabalho escravo;

Pela livre manifestação das religiões de matrizes africanas;
Pela redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, sem redução de salários;

AS HOMENAGENS E OS HOMENAGEADOS (AS) PELA VIII MARCHA DA CONSCIẼNCIA NEGRA:


Abdias do Nascimento
Candinho
Tata Pérsio
Os cinco anos da Lei Maria da Penha
Os cinco anos da criação do grupo "Mães de Maio"
As guerreiras: Estamira, Teresa de Benguela e Dina Di
Os dez anos do falecimento de Milton Santos
Os vinte anos do falecimento do Padre Batista
Os oitenta anos da fundação da Frente Negra Brasileira
Os cem anos do nascimento de Nelson Cavaquinho
Os trezentos anos da Irmandade do Rosário dos Homens Pretos
 

NO DIA 20 DE NOVEMBRO PARTICIPE DA NOSSA MARCHA, A VIII MARCHA DA CONSCIẼNCIA NEGRA

Concentração às 10 hs no Museu de Arte de São Paulo (MASP), na Avenida Paulista, na cidade de São Paulo.

Informações no blog 20denovembrosp.blogspot.com ou através do e-mail:

marchadaconsciencianegra2011@gmail.com

ÔNIBUS – MARCHA DA CONSCIÊNCIA NEGRA
UNEAFRO-BRASIL
ÔNIBUS 1
BRAGANÇA
Local de saída: Praça do Matadouro – Rua Coronel Jacinto Osório, nº 65 – Bairro Matadouro – Bragança Paulista
Ponto de referência: Antiga Rodoviária de Bragança
Responsável: Elenilza Ferreira
RG: 18.702.679-8
Cel: 7223-8768
Email:
nilza_ferreira3@hotmail.com

ÔNIBUS 2
ATIBAIA
Local de saída: E.E. Francisco de Aguiar Peçanha – Rua João Batista Conti, 990 – Atibaia
Ponto de referência: Antiga Rodoviária de Bragança
Responsável: Domingos Conceição dos Santos
RG: 35.484.398-9
Cel: 9807-6097
Email:
du_mingo@hotmail.com
Passa por: Associação Beneficente Evangélica da Região de Atibaia – Rua Adolfo André, 148 – Centro – Atibaia
Ponto de referência: Próximo à Loja Cem
Responsável: Lucas da Silva-
Email:
lucasstiffe@yahoo.com.br – Cel: 9665-5150

ÔNIBUS 3
SP-ZONA SUL
Local de saída: Praça do Rua Pastor Jerônimo Graneiro Garcia, n° 7 – Jardim IAE – Capão Redondo
Ponto de referência: Próximo a UNASP e 47° DP, na estrada de Itapecerica
Responsável: Maira /satos /cunha
RG: 44.305.700-x
Cel: 8400-2631
Email:
mazinha5@yahoo.com.br
Passa por: E.E. Leonor Quadros – Rua Baltazar Gomes de Alracão, s/n – Jd. Miriam
Ponto de referência: Pracinha do Jardim Miriam
Responsável: Afonso Luiz Fernandes
Cel: 8622-5055
Email:
afonsoluisfernandes@hotmail.com
 

ÔNIBUS 4
SP-ZONA LESTE
Local de saída: Escola Estadual Eliza Rachel Macedo de Souza – Rua Darci Mano, 97 – Chabilândia – GUAIANAZES
Ponto de referência: Próximo ao supermercado VERAN
Responsável: Suellen Marques
RG:
Cel: 7592-3319
Email:
suellenmao@gmail.com
 

ÔNIBUS 5
SP-ZONA LESTE
Local de Saída: Rua Eugênio Albini, 135- Cohab 2 – Itaquera
Ponto de referência: Próx. da Estação de Trem José Bonifácio e do Posto de Saúde da Av. Virgínia Ferni
Responsável: Cleyton Wenceslau Borges
RG: 53.220.381-1
Cel: (11)8138-3135
Email:
borges.cleyton@gmail.com
Passa por Pq. São Rafael e Jd. Sônia

ÔNIBUS 6
SP-ALTO TIETE
Local de saída: Praça da Bíblia- Centro – Poá
Ponto de referência: Ao lado da Câmara Municipal de Poá
Responsável: Douglas Elias Belchior
RG:
Cel: 7550-2800
Email:
negrobelchior@gmail.com
Passa por: Av. Uberaba 430 – Vila Virgínia 2 – Itaquaquecetuba
Ponto de referência: Próximo Estação de Trem Itaquá
Responsável: Jorge Américo
RG:
Cel: 9806-7838
Email:
jorgiamerico@yahoo.com.br

ÔNIBUS 7
SP-ALTO TIETE
Local de saída: Associação Nova Esperança – Travessa da Rua Yoshio Honda – Vila Nova União – Mogi das Cruzes
Ponto de referência: Seguir a Rua Cardoso Siqueira
Responsável: Vanessa Nascimento
RG: 42.061.678-0
Cel: 8138-3135
Email:
vamnascimento@gmail.com
Fonte: Marcha da Consciência Negra

 

Com informações Portal Geledés

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