Curso de Agentes Culturais em Delmiro Gouveia/AL

Carolina Maciel

KOINONIA – Presença Ecumênica e Serviço realizou nos dias 27 e 28 de agosto o Curso de Agentes Culturais Jovens Rurais Urbanos iniciou suas atividadesacolhendo os participantes com o café da manhã, logo em seguida, realizou-se a abertura em circulo com a mística do dar às mãos e recebê-las com a mensagem: Que bom que você veio.
Na sequência as facilitadoras: Maria José Guerra, Quitéria Gonçalves Silva, Verônica Santos Gomes e as apoiadoras Aline Oliveira silva e Kátia Pereira se apresentaram e falaram o nome, os objetivos, a metodologia do curso, no qual será realizado em três etapas.
Estudantes da Universidade Estadual da Bahia – UNEB participaram do curso, como também colaboraram no processo mediante estágio de intervenção, na Cooperativa de Pequenos Produtores Agricultores dos Bancos Comunitários de Sementes – COPPABACS através da disciplina de educação não formal.
Os participantes se apresentaram mostrando suas expectativas sobre o curso através de desenhos ou frases motivadoras como: Novos conhecimentos; Diálogo e trocas de experiências; Compartilhar o que se sabe e aprender com os demais; Construção de pontes de amizades com os novos cursistas e fortalecimento das bases e a rede ecumênica de juventude (REJU/KOINONIA); Aprender com alegria e que se tenha intercâmbios de vivências; Fortalecer o processo rural na educação; União entre os jovens rurais e urbanos; Ampliar conhecimentos sobre o protagonismo juvenil para ajudar os outros.
 
Bem como, Conhecimentos sobre a formação para multiplicar nas comunidades; Desenvolvimento dos jovens; Troca de conhecimentos; Busca de soluções para os problemas ambientais; Aprender/ensinar e incentivar a luta dos jovens rurais e urbanos para um mundo melhor; Levar luz e esperança para as comunidades; Ter liberdade para se expressar e contribuir para amenizar os problemas das comunidades; Aprender e socializar o que se aprendeu nas comunidades; Ter novos objetivos e que seja ótimo o trabalho; Aprender juntos a construção de um mundo mais justo; Conhecer como funciona a metodologia deste curso e desenvolver as ações na faculdade (UNEB); Fortalecer o processo de educação no/e para o campo, Socializar os conhecimentos adquiridos com uma breve passagem pelo seguimento de educação de juventude rural que se constitui de experiências vivenciadas diariamente.

Foi construído coletivamente o acordo de convivência por meio de compromissos, respeito mútuo, diálogo, participação, cumprimento de horários, animação, doação e formação de equipes de apoio. Veja abaixo:

Animação
Horário
Relatório
 
Avaliação
Ambiente
Veronica
Wellington
Quitéria
Naldiane
Guerra
Deraldo
Lucas
Ivie
Manuela
Quitéria
Maria Guerra
Aline
Veronica
Cícero
Sinivaldo
Íris
Eliana
Katia
 
 
Em círculo foi salientada a importância do significado da roda, paraautoreconhecimento das identidades, utilizando a técnica das rodas das identidades, onde os participantes formaram pequenos círculos para a construção do perfil dos cursistas, que segue:
 
Município
Sexo
Idade
Denominação Religiosa
Delmiro Gouveia = 18;
Olho D’Água das Flores =06;
São José da Tapera =03;
Pariconha= 04;
Mulheres = 17
Homens = 14
De 13 a 14 anos= 02
De 15 a 20 anos= 15;
De 21 a 25= 07;
De 26 a 32=06;
Acima de 32= 01.
 
Católicos= 26;
Assembleia de Deus= 01;
Evangelho do Quadrangular=01;
Igreja Batista=02;
Sem Religião= 02;
 
Por fim, foi utilizada a dinâmica da maquina fotográfica para as recordações, marcas, linha do tempo, memória, com o objetivo de reviver momentos e avaliar a prática, provocando uma reflexão das atitudes em relação ao agir com o outro, na vivência do liderar e ser liderado.
O processo dinâmico vivenciado apontou meios para adentrar na temática da ação cultural, por intermédio da leitura coletiva do texto sobre ação cultural. Na roda de conversa em plenária, refletiu-se sobre o texto em discussão. Destacamos os pensamentos comuns: os jovens já realizam ações culturais mesmo com algumas dificuldades de articulação e mobilização para solucionar os problemas das comunidades.
 

 

Na comunidade Malhada o grupo de jovens planeja e realiza as festividades de padroeiro, embora com dificuldades no início, porque os adultos resistiam e criticavam por não acreditarem na capacidade dos jovens. Mas hoje são os jovens que realizam a maior parte deste festejo. Na Zona Urbana, no Bairro Novo está sendo construída uma horta e uma biblioteca comunitária pelo Movimento de Crianças e Adolescentes (MAC).
A partir do Curso de Agentes Culturais realizado em 2009, pela paróquia Nossa Senhora do Rosário em parceria com KOINONIA foram despertadas as primeiras ações culturais, que até hoje estão sendo realizadas através do protagonismo juvenil que foi promovido, tanto no povoado Malhada quanto no Assentamento Lameirão.
Somos juventudes para cooperar nestes espaços, queremos que sejam implementadas e efetivadas as politicas públicas.  Atualmente somos jovens e exigimos que os Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Civis e Ambientais (DHESCA) sejam garantidos para que possamos chegar à fase adulta, equilibrados psicologicamente e emponderados de conhecimentos.
Para a realização das oficinas de leitura os grupos foram divididos por proximidades geográficas e características comuns do lugar em que vivem, para dialogarem a partir da leitura dos textos a realidade rural e urbana e construir cartazes com desenhos que retratem as realidades das juventudes. As relevantes atividades desenvolvidas contemplam os quatro pilares da educação: aprender a conhecer, a fazer, a conviver e a ser.
A noite cultural foi realizada através de músicas, concurso da dança da laranja, correio da amizade, jogos e comes e bebes e muita diversão. Já no segundo dia iniciou-se as atividades em círculo, todos aquecendo as mãos e transmitindo uma corrente de energias positivas, mística do Toré conduzida pelos cursistas indígenas e sentimento do dia através de uma palavra, tais quais:
Paz, motivação, otimismo, harmonia, alegria, amor, as meninas do curso são lindas, Direitos Humanos, Econômicos, civis, ambientais políticos (DHESCA), sabedoria, justiça social, amor a Deus, fé, entusiasmo, felicidades, cultura, direitos das mulheres.
Realizou-se, então, uma retrospectiva do dia anterior por meio do desenho do pezinho simbolizando os passos vivenciados. Encaminhou-se posteriormente a realização da Conferência Livre de Juventudes baseado nos cinco eixos (Direito ao Desenvolvimento Integral, Direito ao Território, Direito à experimentação e qualidade de vida, Direito à diversidade e à vida segura e Direito à participação) do texto base da 2ª Conferência Nacional de Políticas Públicas de Juventudes e na Plataforma Política das Juventudes dos Territórios Nordestinos.
Reflexão dos itens: Sociedade opressora, capitalismo, mídia, avanços tecnológicos, Cidadania, aquecimento global e exposição dialogada sobre Direitos Humanos, Econômicos, Sociais, Culturais, Ambientais, Civis e Políticos.
A divisão dos grupos foi feita por eixo temático para debates e elaboração das propostas sobre a realidade dos jovens rurais e urbanos a partir das dificuldades existentes e das ações que já vem sendo realizadas nas comunidades, após a discussão e construção das propostas foram socializadas e aprovadas em plenária.
Avaliamos esta 1ª etapa com mística do toré e a dinâmica pisa ligeiro onde cada participante respondia com que sentimento está saindo desta etapa:
Aprendi muitas coisas boas, renovação de conhecimentos e com o compromisso de repassar para os demais, gratidão, olhar diferente para quem vive na zona rural, feliz, grata, nova visão sobre a realidade da educação não formal, autoconhecimentos, realização, motivação, aprendizagem, sabedoria e amizade, conhecimentos, gratidão e esperança para voltar na 2ª etapa, motivação, entusiasmo, renovada, alegre por ter colaborado na etapa, fé e esperança, feliz por ter participado. Precisamos ir à luta, ser espelho para os outros jovens, participar de espaços de discussões políticas. Agradecimentos a Deus e a todos que contribuíram para que esse momento acontecesse, encerramos com abraço coletivo e almoço.
No fim, foi feita a explicação sobre o que é e como fazer um diagnóstico e entrega do modelo para os jovens realizá-lo nas comunidades, que deverão ser entregues na 2ª etapa.
 
Saiba mais sobre o curso de Agentes Culturais:
 
 
Com informações Jorge Atílio assessor de KOINONIA, coordenador dos programas EDF e TRD
 

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